Caso vença a concorrência KC-Y, da Força Aérea dos EUA (USAF), a Lockheed Martin utilizará duas fábricas no país para produzir a aeronave de reabastecimento aéreo, anunciou a empresa nesta segunda-feira, 31.
Batizado como LMXT, o avião-tanque é uma variante do MRTT (Multi Role Tanker Transport), um jato de passageiros A330-200 convertido para essa tarefa e que atualmente opera em 14 forças aéreas.
Segundo a Lockheed, a montagem da aeronave será feita pela Airbus em Mobile, no Alabama. Em seguida, o A330-200 será transferido para Marietta, na Geórgia, onde receberá o trabalho de conversão para reabastecimento aéreo.
A empresa tem reforçado a mensagem que o LMXT será um programa focado nos EUA, a fim de evitar uma onde nacionalista que culminou com a anulação de uma concorrência anterior, vencida pelo MRTT, mas que acabou ficando com a Boeing e o KC-46.
“Estabelecer este trabalho de produção no Alabama e na Geórgia confirma o compromisso da Lockheed Martin de que o LMXT será construído na América, por americanos, para americanos”, disse o presidente e CEO da Lockheed Martin, James Taiclet.
Nesse sentido, a Airbus, parceira da Lockheed Martin, concordou em transferir a linha de montagem do widebody da Europa para sua unidade no sul dos EUA, onde atualmente fabrica o A220 e o A320.
O trabalho de adaptação do A330 em MRTT é hoje feito pela Getafe, uma subsidiária espanhola do grupo, mas no caso do LMXT, embora parte da conversão seja semelhante, caberá à Lockheed realizar a tarefa nas instalações onde hoje são montados o C-130J Super Hercules e parte do caça F-35.
A concorrência KC-Y, da USAF, é chamada de “Avião tanque ponte”, por conta de ser uma encomenda de transição para um novo programa de aeronaves de reabastecimento aéreo não-tripuladas.
A Força Aérea deve concluir o recebimento de 179 KC-46 e em seguida introduzir o avião selecionado no programa KC-Y, por volta de 2029. O requerimento pode chegar a 160 aeronaves, segundo as primeiras informações.