Depois de especulações (e polêmicas) de que seria vendida a grupos estrangeiros, a Avibras estaria próxima de ser vendida a um investidor brasileiro. A possível negociação foi revelada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, que terá uma reunião com representante do novo investidor agendada para o próximo dia 8 de novembro.
Em dificuldades financeiras desde março de 2022, quando entrou em recuperação judicial, a Avibras tem seus funcionários em greve desde setembro do mesmo ano devido a salários atrasados, falta de depósitos do FGTS e contribuições para o INSS, e ausência de plano de saúde para os trabalhadores e seus familiares.
De acordo com o Sindicato, a dívida trabalhista extraconcursal, que engloba débitos adquiridos após o início da recuperação judicial, já atinge a marca de R$ 327 milhões.
No início do processo de recuperação, em 2022, a empresa contava com aproximadamente 1.400 empregados; hoje, esse número caiu para 924. Uma das condições para que a venda seja concluída é a regularização de todas as pendências trabalhistas.
Mais de 60 anos em atividade
A Avibras foi fundada em 1961 e não tem participação acionária do governo brasileiro, apesar de ser fornecedora das Forças Armadas.
Além de material bélico, como lançadores de foguetes, mísseis, foguetes e veículos táticos blindados, a Avibras Aeroespacial também desenvolve sistemas de navegação e comunicação, além de drones e aeronaves não tripuladas.
Entre os vários produtos da fabricante estão o míssil MICLA-BR, para o caça Saab Gripen, além do UAV Falcão e o lançador de foguete Astros.