Aviões comerciais sem pilotos podem surgir na próxima década

Aeronaves com tecnologias para voos autônomos vão reduzir significativamente os custos das operações
Sem a necessidades de pilotos, companhias aéreas vão reduzir os custos com treinamentos (Paramount Pictures)
Apertem os cintos, o sistema DragonFly foi acionado… (Paramount Pictures)
Sem a necessidades de pilotos, companhias aéreas vão reduzir os custos com treinamentos (Paramount Pictures)
Sem a necessidades de pilotos, companhias vão reduzir os custos com treinamentos (Paramount Pictures)

A era dos aviões comerciais que não precisam de pilotos está mais próxima do que muitos podem imaginar. Estudos nesse sentido já estão em andamento e os primeiros resultados poderão ser conferidos já na próxima década. E isso será uma benção, ao menos para os analistas financeiros, que preveem com essa evolução uma economia que pode passar de US$ 35 bilhões por ano.

“Economias significativas podem ser geradas através da otimização das operações aéreas, maior previsibilidade e redução das equipes de voo e custos de treinamento”, aponta um novo relatório do grupo de investimentos UBS Aerospace, citado pelo site Aviation Week.

Apesar da ideia ser considerada controversa por alguns, o público está ansioso por esse avanço. “Os jovens de 18 a 34 anos com maior nível de instrução estão mais dispostos a voar em aviões sem pilotos. Isso é um bom presságio para tecnologia à medida que população envelhece”, afirma o mesmo estudo.

Segundo o relatório, a tecnologia dos aviões autônomos pode trazer uma economia de US$ 26 bilhões por ano à companhias aéreas, que não precisarão mais gastar com treinamento de pilotos. Já os fabricantes poderão reduzir seus custos de produção em cerca de US$ 3 bilhões.

Também são esperados reduções de gastos com combustível e apólices de seguros, pois esses voos terão potencial para serem ainda mais seguros, de acordo com a pesquisa. Aeronaves autônomas ainda são cogitadas no segmento de transporte executivo e no ramo de helicópteros, que também deve dispensar os pilotos no futuro.

As primeiras utilizações dessa tecnologia, porém, não serão no transporte de passageiros. A pesquisa prevê que os primeiros aviões sem pilotos serão empregados no segmento de carga.

“Com o aumento dos avanços tecnológicos e custos mais baixos, a Airbus e a Boeing poderiam aumentar o apelo de seus futuros programas de aeronaves”, continuou a pesquisa.

Tecnicamente, aeronaves comerciais controladas remotamente podem aparecer por volta de 2025, supôs UBS. Mas os analistas admitem que isso exigirá uma grande mudança nos regulamentos aeronáuticos e uma mudança ainda maior no sentimento do consumidor.

O co-piloto robô da DARPA pode ser instalado em diferentes aviões (Divulgação)
O co-piloto robô da DARPA pode ser instalado em diferentes aviões (Divulgação)

Os analistas também veem a indústria já se movendo naquela direção, ao menos para reduzir a carga de trabalho do piloto, que poderão ser auxiliados por co-pilotos robóticos. Esse conceito já é testado pela Agência de Pesquisas e Projetos Avançados de Defesa dos Estados Unidos, a DARPA.

Já a fabricante mais avançada no plano dos aviões sem pilotos é a Boeing, que planeja testar a tecnologia no próximo ano utilizando sistemas de inteligências artificial. Ao mesmo tempo, a Airbus tem três iniciativas nessa área focadas em mobilidade aérea urbana – os projetos Vahana, CityAirbus e Skyways -, além de testar seu jato não tripulado Sagitta.

Veja mais: “Black Projects”, os aviões secretos dos EUA

Total
0
Shares
Previous Post
O Embraer A-29 Super Tucano lança uma bomba guiada a laser em avaliação do programa OA-X (USAF)

Embraer Super Tucano é um dos candidatos a avião “antiterrorismo” dos EUA

Next Post
O carro voador da DeLorean é proposto com motorização elétrica e comandos automáticos (DeLorean Aerospace)

DeLorean prepara retorno com carro voador

Related Posts
Total
0
Share