A Gol Linhas Aéreas devolverá cinco jatos Boeing 737 da versão NG ao seu arrendador durante este ano e que serão assumidos pela Avelo Airlines, uma nova companhia aérea dos Estados Unidos.
A informação foi revelada pela Aviation Week nesta sexta-feira, 16, e envolve quatro 737-800 e um 737-700, de menor capacidade.
A despeito de a transportadora brasileira ter dado entrada em um pedido de restruturação financeira no Tribunal de Falências de Nova York, entende-se que a devolução dos aviões não tem relação com o processo.
Isso porque a Gol já tem um processo de substituição da série NG pelos novos 737 MAX em andamento, que consomem menos combustível e voam por distâncias maiores.
O plano da companhia aérea era de receber 15 aeronaves do tipo em 2023, mas a Boeing só entregou seis jatos. Assim que os 737 MAX chegam, a Gol tem retirado os 737 NG de serviço.
Atualmente a frota da Gol é de 138 aeronaves, todas do modelo 737, dos quais 45 são da variante MAX 8. Segundo o Planespotters, 21 737-800 e dois 737-700 estavam fora de serviço em meados de fevereiro.
Nos documentos em que solicitou à proteção judicial dos credores, a Gol revelou que 20 aeronaves estavam paradas em janeiro.
LATAM e Azul também tem aviões ociosos
O CEO da empresa aérea, Celso Ferrer, comentou no final de 2023 que a ociosidade era causada pelos atrasos nas entregas dos 737 MAX.
Segundo o executivo, a Gol retirou os 737NG de serviço esperando pelos substitutos e que imprevistos impediram que eles fossem reprogramados para assumir voos.
No dia seguinte ao pedido de restruturação financeira, o “Capítulo 11”, a rival LATAM Airlines enviou carta aos arrendadores da Gol buscando aeronaves Boeing 737, a qual não tem em sua frota.
A empresa aérea alegou que os problemas com os A320neo com motores GTF a motivou a reforçar a frota com aeronaves da Airbus de primeira geração, mas também o 737NG e 737 MAX.
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Em fevereiro, no entanto, o Planespotters mostra que a LATAM Airlines Brasil tinha nove jatos parados, oito deles da família A320, incluindo modelos mais antigos.
A Azul, por sua vez, tinha 28 dos seus 169 aviões estacionados, entre modelos ATR, A320, A330, Embraer e os dois A350 que estariam em processo de desativação.