Após anunciar nesta terça-feira o subarrendamento de sua frota de jatos E1, da Embraer, para as empresas LOT e Breeze Aviation, a Azul Linhas Aéreas também atualizou seu plano de frota para os próximos cinco anos com mudanças importantes. A novidade mais significativa é a confirmação do aumento da encomenda dos aviões de nova geração da família E2, do qual a empresa opera a maior versão, o E195-E2. Como revelou o presidente da Azul recentemente, a companhia receberá 75 unidades ao todo em vez de 51, como previsto anteriormente.
O comunicado da Azul, no entanto, não esclarece se os 24 aviões extras serão do mesmo modelo, embora seja esperado que sim. Além de ampliar seu pedido do novo jato da Embraer, a companhia aérea também acelerou o cronograma de recebimento, o que permitirá que os E1 sejam retirados de serviço num ritmo mais veloz. Agora, o avião que deu início à Azul em 2008 sairá de cena em 2022 e não 2023, como antes. Somente em 2020 a frota dessa aeronave cairá de 55 para apenas 27 unidades.
Ao mesmo tempo, o E195-E2 pulará dos atuais quatro aviões para nada menos que 29 jatos neste ano, ultrapassando seu irmão mais velho em números na frota. Em 2021, o total dessa variante saltará para 48 quando então haverá um crescimento mais gradativo até atingir os 75 jatos três anos depois.
A valorização do papel do E195-E2 também afetou o planejamento de longo prazo em relação à família A320neo. A Azul continua a prever uma frota de 80 aeronaves do modelo de corredor único da Airbus, porém, esse patamar só será atingido em 2024 e não mais 2023. O ritmo, com isso, cairá levemente: em 2020, por exemplo, ela espera contar com 47 jatos em vez de 52 unidades – hoje ela opera com 38 aviões, sendo um do modelo A321neo.
Frota de 200 aviões
O ano de 2022 será o mais emblemático para a Azul. Até lá, a empresa pretende concluir a retirada de jatos mais antigos e ainda assim ver sua frota crescer para 170 aeronaves, formada quase toda por jatos de nova geração, incluindo o A330-900neo. O benefício dessa renovação se refletirá em custos de operação menores, possibilidade de oferecer rotas de longo alcance tanto no continente como em destinos transoceânicos e também no maior conforto para os passageiros.
Por falar em widebodies, a frota de A330 deve permanecer a princípio com 12 aviões, porém, o último deles deverá chegar apenas em 2022. Já os turboélices ATR manterão as 33 unidades ativas, uma a mais do que antes. Ao fim do período planejado, a Azul pretende chegar à impressionante marca de 200 aviões em sua frota. Nesses números não está computado o impacto da aquisição futura da TwoFlex.
“Nós encerramos 2019 com 42 aeronaves da nova geração e não poderíamos estar mais entusiasmados com a economia, bem como com a experiência de alta qualidade a bordo, que elas oferecem aos nossos clientes. Os A320neos e E2s são os principais pilares da nossa meta de aumentar significativamente a receita e a rentabilidade, ao mesmo tempo em que crescemos com responsabilidade nos próximos cinco anos”, explicou Rodgerson.
A Azul, no entanto, fez questão de observar que o plano reflete apenas o que ela espera daqui em diante, mas que pode (e deve) sofrer alterações ao longo do tempo. “A Azul tem flexibilidade para reduzir ou aumentar esses números, dependendo das condições do mercado”, explicou a companhia.
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aproveita mesmo EMBRAER porque a BOEING vai te sugar logo
Naoexiste mais embraer, agora é Boeing SA.
Em se tratando da Azul, ‘plano de frota’ é um mero esboço. São oportunistas e super ágeis nas ações, se adaptam rapidamente com a frota mais versátil do país. É óbvio que não ficarão nos 12 A330 já que miram San Francisco e Paris para ontem. Do mesmo modo com a TwoFlex e os slots de Congonhas, permanecer com o mesmo número de ATRs é ilógico.