Parecia algo natural depois que a Azul Linhas Aéreas passou a voar para os Estados Unidos em 2014, mas apenas agora a companhia aérea brasileira fechou um acordo de compartilhamento de voos com a JetBlue Airways. Para quem não sabe, as duas foram fundadas pelo empresário David Neeleman.
Com o codeshare, os passageiros da Azul poderão seguir viagem para outros destinos norte-americanos a partir das cidades atendidas pela empresa brasileira – Fort Lauderdale e Orlando, ambas na Flórida. “O acordo com a JetBlue é um complemento importante para o portfólio internacional da Azul, expandindo nosso serviço para destinos populares servidos pela JetBlue. Nossos clientes agora podem fazer conexões rápidas e convenientes para várias cidades nos EUA, como Boston e Nova York (JFK) “, disse Neeleman.
Os voos da Jetblue passarão a receber o código da Azul, o que facilitará a vida dos passageiros. Com apenas uma reserva e bilhete além de poderem despachar suas bagagens até o destino final. A partir de dezembro, além dos voos partindo de Viracopos e Recife, a Azul passará a voar para os Estados Unidos de Belo Horizonte e Belém.
Companhias nascidas com proposta comum
Conhecido por ter fundado diversas companhias aéreas em sua carreira, David Neeleman criou a JetBlue em 1998 com a proposta de uma nova “low-cost” que ofereceria preços acessíveis e um serviço de bordo acima da média, incluía TV individual e até um sistema de comunicação via satélite. A empresa passou pelo início dos anos 2000, logo após o ataque do 11 de Setembro, incólume, porém, após uma nevasca em 2007 que cancelou centenas de voos, o executivo nascido no Brasil, mas criado nos EUA acabou saindo da empresa.
Pouco tempo depois, em 2008, Neeleman anunciou a criação da Azul no Brasil nos mesmos moldes da JetBlue: frota padronizada, entretenimento a bordo e tarifas acessíveis. Em vez de disputar espaço nos grandes aeroportos uma estratégia diferente, utilizar o então vazio aeroporto de Viracopos, em Campinas. Além do nome semelhante (azul em inglês) e das cores dos aviões, a Azul foi mais um negócio bem sucedido do empresário e hoje é a 3ª maior companhia aérea do país. E agora, parceria da sua “irmã de nascença” americana.
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