A companhia aérea Azul anunciou nesta segunda-feira (11) a assinatura de uma proposta não-vinculante de US$ 105 milhões (cerca de R$ 404 milhões) para comprar parte das operações da Avianca Brasil, que está em processo de recuperação judicial.
O acordo incluirá ativos selecionados pela Azul como o certificado de operador aéreo da Avianca, 70 pares de slots em aeroportos e aproximadamente 30 aeronaves Airbus A320. O objetivo da negociação é criar uma Unidade Produtiva Isolada (UPI), um mecanismo financeiro previsto na Lei de Falências e Recuperação Judicial que pode ser acionado por empresas em recuperação, no qual seus ativos (e seus ônus) são fracionados e vendidos.
Em comunicado, a Azul afirma que o acordo ainda está sujeito à uma série de condições como a conclusão de um processo de diligência, a aprovação de órgãos reguladores e credores, assim como a conclusão do processo de Recuperação Judicial da Avianca Brasil. A previsão é que esse processo dure cerca de três meses.
Desde que a Avianca Brasil iniciou o processo de recuperação judicial, empresas arrendadoras vem pedindo o retorno das aeronaves operadas pela companhia. Até o final do ano passado, a companhia trabalhava com cerca de 55 aeronaves, a maioria alugada. Desde então, a empresa já devolveu pelo menos dois jatos A330 e sete A320neo, dois quais pelo menos três já estão sendo preparados para voar com a Azul.
Nesses acordos a empresa em recuperação acaba perdendo o que tem de melhor…