A Azul Linhas Aéreas revelou nesta terça, 7, que chegou a um amplo acordo com fabricantes e arrendadores de aeronaves que representam 92% de suas dívidas.
Segundo a empresa aérea, uma dívida de US$ 600 milhões (cerca de R$ 3 bilhões) será trocada por 100 milhões de ações preferenciais a serem emitidas de uma única vez.
Até segunda-feira, a ação da Azul valia R$ 5,76, o que representaria um um total de R$ 575 milhões, mas a previsão é que ela suba para R$ 30 com os planos de capitalização da empresa.
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Após a divulgação do acordo, a ação da empresa aérea chegou a valer R$ 6,88, mas acabou fechando o dia valendo R$ 6,32, alta de quase 10%.
A renegociação das dívidas com os fornecedores de seus aviões faz o fantasma de um pedido de restruturação financeira nos EUA, o Capítulo 11, ficar mais distante.
A Azul disse que “as negociações continuam com os detentores dos 8% restantes das obrigações de emissão de ações, bem como com outras partes interessadas”.
Além disso, afirmou que o acordo está condicionado a alterações em certas obrigações, incluindo um financiamento adicional.
Frota de 180 aeronaves
Terceira maior companhia aérea do Brasil, a Azul tem sofrido o impacto do câmbio desfavorável e outros fatores como o fechamento do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, onde mantinha um grande número de voos.
Em agosto, a participação da empresa no tráfego aéreo doméstico foi de 29%, atrás da Gol (31,5%) e da LATAM (39%).
A Azul possui atualmente uma frota com 180 aeronaves, incluindo 12 widebodies Airbus A330, 57 aviões da família A320neo, 69 E-Jets e 40 turboélices ATR 72, além de dois Boeing 737 cargueiros.