Após o plano de reorganização financeira da LATAM ser anunciado na noite da sexta-feira (26), a Azul se manifestou nesta segunda-feira a respeito da proposta feita por ela no dia 11 de novembro e que acabou não sendo aceita pelos credores da rival.
A informação sobre sua proposta surgiu como parte da divulgação do acordo da LATAM, o que motivou a Azul a atualizar o mercado financeiro.
Segundo o comunicado, a companhia aérea fundada por David Neeleman propôs levantar cerca de US$ 5 bilhões (R$ 28 bilhões) na forma de ações em parceria com alguns membros do Ad Hoc, grupo de credores que reúne a maior parte da dívida da empresa.
A Azul explicou que a administração da nova empresa resultado da fusão com a LATAM seria compartilhada entre os acionistas da primeira, os credores e participantes das novas ações que seriam emitidas. “A governança da empresa combinada seria composta por um grupo independente de conselheiros, garantindo o alinhamento entre os interesses dos acionistas da empresa combinada”, diz a nota.
Valor irreal
Na visão da empresa brasileira, sua proposta teria sido mais vantajosa por permitir “um crescimento significativo da malha aérea, com expansão no número de destinos e maior conveniência, produtos e serviços, beneficiando os clientes tanto da Azul como da LATAM”.
A Azul estimou que o valor de mercado da nova companhia teria um incremento de US$ 4 bilhões, gerando maior recuperação para todos os credores.
A concorrente ainda considerou os números apresentados pela direção da LATAM como exagerados e irreais. “o valor da empresa no plano apresentado pela LATAM é maior do que a Azul acredita ser razoável, especialmente tendo em vista as contínuas incertezas no setor, especialmente nos mercados internacionais de longa distância”, afirmou a Azul.
A nota se encerra com a Azul confirmando que continuará focada em seu atual negócio, mas analisando possíveis oportunidades de parcerias.