A companhia Azul estreou na Bolsa de Valores na manhã desta terça-feira (11) lançando uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) e logo no primeiro dia já somou uma arrecadação de R$ 2,02 bilhões. A empresa ofereceu 96,2 milhões de ações, cada uma valendo R$ 21. Na última semana, a abertura de capital do grupo havia sido suspensa pela Comissão de Valores Imobiliários (CVI).
“O IPO não é um fim, não chegamos a lugar nenhum ainda. Estamos simplesmente nos capitalizando para continuar a nossa história. Nos capitalizamos para ganhar mais velocidade e mais sustentação no nosso voo”, disse o presidente da empresa, Antonoaldo Neves, em discurso na Bolsa de Valores de São Paulo.
Como explicou Neves, os novos recursos da IPO serão utilizados, por exemplo, para pagar os débitos da companhia (de R$ 4 bilhões) e na expansão da frota de aeronaves.
A Azul decidiu abrir seu capital há vários anos atrás e quase o fez em 2015, mas as condições adversas do mercado a fizeram desistir na ocasião. Desde o final do ano passado, a empresa aérea voltou providenciar a documentação para lançar suas ações na bolsa paulista.
Investimento na bolsa
No Brasil, apenas a Gol contava com ações na bolsa de valores após uma oferta em 2004. A TAM, hoje Latam, também teve seu capital aberto, mas voltou a fechá-lo em 2012 quando houve a fusão com a LAN.
Se de um lado traz dinheiro, a abertura de capital aumenta a transparência da empresa, que é obrigada a divulgar seus planos aos acionistas além de ficar exposta às oscilações do mercado.
A empresa também recebeu um aporte de R$ 1,7 bilhão do grupo chinês HNA no ano passado e que assumiu 23,7% das ações da empresa. A Azul é hoje a terceira maior companhia aérea do mercado brasileiro.
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