A Azul Linhas Aéreas colocará um dos seus sete Airbus A330-900 na rota Viracops-Recife a partir de 1º de agosto, segundo o Routes Online.
Mas o que parece ser uma estratégia pensada para oferecer mais assentos entre os hubs é na verdade uma mudança temporária, causada pela reação amarga dos passageiros que voaram em dois A330neo de segunda mão recém recebidos pela empresa aérea.
As duas aeronaves voavam pela low cost Air Asia, na Tailândia, e foram configuradas com uma cabine com 377 assentos em duas classes, a econômica e uma econômica premium, com apenas 12 lugares.
Com pressa em substituir os dois A350-900 que deixaram de voar no começo do ano, a Azul colocou os A330neo em serviço nas rotas para a Flórida com o mesmo interior da Air Asia.
Segundo o Melhores Destinos, choveram reclamações de passageiros indignados por descobrir que o Airbus tem poltronas mais estreitas (16,5 contra 18 polegadas de outros A330neo da Azul) e sem sistema de entretenimento.
Fileiras com nove assentos e assentos sem telas
De fato, o A330-900 que vieram da Air Asia possuem uma configuração de fileiras 3+3+3 enquanto as aeronaves do mesmo tipo da Azul têm 2+4+2 na econômica, além de oferecerem classe executiva – são 298 assentos, sendo 264 na econômica.
A saída encontrada pela direção da companhia aérea foi retirar os motores de um dos dois A330neo e colocá-los em outro jato do tipo, o PR-ANZ, e que está parado desde maio em virtude de falta de peças.
O A330neo restante continuará a voar para a Flórida a partir de Belo Horizonte e Recife até o final de julho, mas com o bloqueio dos assentos da fileira central, a fim de oferecer um pouco mais de conforto.
Segundo a Azul, os dois A330neo, cujo leasing é de 10 anos, passarão por um retrofit para receberem a cabine padronizada da empresa até meados de 2025.
No segundo semestre, a companhia aérea deverá receber mais dois A330-200 que voavam com a Condor e cuja configuração interna também será diferente, porém, com sistema de entretenimento.
A Azul também tem pedidos firmes para novos A330-900 junto à Airbus, mas as entregas só deverão ocorrer num prazo mais distante.
