Azul volta a fazer parte da ABEAR cinco anos após deixar associação

Companhia aérea anunciou saída da organização em maio de 2019 em meio a desentendimentos com a LATAM e a Gol sobre o espólio da Avianca Brasil/Ocean Air
A Azul terá sete A330-200 até o final de 2024
A Azul terá sete A330-200 até o final de 2024

A Azul Linhas Aéreas voltou a integrar a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) nesta segunda-feira, 4, após um hiato de mais de cinco anos.

Criada em 2012 para defender os interesses das companhias aéreas brasileiras, a ABEAR reúne hoje as empresas Abaeté, Boeing, Gol, Gollog, LATAM, LATAM Cargo, Rima, Sideral, Total Express e VoePass, além da própria Azul.

“O setor aéreo brasileiro tem diversos desafios únicos que debatemos como setor, sobretudo, a excessiva judicialização, a desvalorização cambial e o alto preço do QAV [querosene]. Acreditamos que, juntos, avançaremos mais rapidamente com as principais pautas que contribuirão para que a aviação comercial brasileira siga em crescimento”, disse John Rodgerson, CEO da Azul.

“O retorno da Azul ao quadro de empresas associadas é uma oportunidade para a construção de uma agenda de longo prazo que contemple medidas estruturantes para melhorar o ambiente de negócios do setor, aumentar a competitividade e democratizar o transporte aéreo no país”, afirmou Jurema Monteiro, presidente da ABEAR.

John Rodgerson (sentado à esquerda) ao lado Jerome Cardier (LATAM) e acompanhado de Celso Ferrer (Gol) e da presidente da ABEAR, Jurema Monteiro
John Rodgerson (sentado à esquerda) ao lado Jerome Cardier (LATAM) e acompanhado de Celso Ferrer (Gol) e da presidente da ABEAR, Jurema Monteiro

Saída em meio à disputa pelo espólio da Avianca Brasil/Ocean Air

A Azul deixou a ABEAR em 1º de maio de 2019 alegando que a empresa pretendia representar seus interesses de forma direta.

“Já somos um grupo com mais de 12 mil pessoas, temos o maior número de destinos e voos diários no país e temos um caminho de muito crescimento pela frente. Por isso, entendemos que nosso diálogo com a sociedade civil, autoridades, órgãos competentes e demais stakeholders deve ser feito diretamente pela companhia”, justificou Rodgerson na época.

Há pouco mais de cinco anos, a Azul disputava espaço com a Gol e a LATAM pelo espólio da Avianca Brasil que naquele período passada por uma recuperação judicial que acabou levando à sua falência.

Aeroporto de Congonhas
Aeroporto de Congonhas (Aena)

A empresa aérea liderada por John Rodgerson queria adquirir os ativos da Avianca para ampliar sua presença em Congonhas, mas Gol e LATAM atravessaram o negócio.

“Elas (Gol e LATAM) vão quebrar uma empresa (Avianca) para evitar que a gente faça a ponte aérea”, reclamou o presidente da Azul ao jornal O Estado de São Paulo na época.

Cenário mudou

A situação atual da aviação comercial mudou bastante após tanto tempo. Há uma retomada do tráfego aéreo após a pandemia mas escassez de aviões. Apenas o querosene continua elevado, assim como o câmbio que piorou assim como os juros.

Antes em conflito, Azul e Gol ensaiam uma parceria cada vez maior que poderia evoluir até para uma sociedade.

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