Depois do sucesso com o drone de ataque Bayraktar TB2, que vem sendo empregado por militares da Ucrânia em enfrentamentos contra a Rússia, a fabricante turca Baykar technology se prepara para um novo salto tecnológico. Especializada em projetos de drones militares, a empresa concluiu nesta semana os testes de solo iniciais com o Kizilelma.
Um vídeo divulgado nas redes sociais pela companhia turca no domingo (20) mostra a aeronave executando corridas pela pista e taxiando, monobras que segundo o fabricante são realizadas de forma autônoma. Segundo a empresa, o primeiro voo do aparelho pode acontecer “nos próximos dias”.
Embora tenha um design muito parecido com o de um caça de quinta geração com formas furtivas (stealth, “invisível” aos radares), o Kizilelma é concebido para operar em conjunto com aeronaves tripuladas, como um ala (ou um “wingman”, no termo em inglês). De acordo com a Baykar, o jato não tripulado poderá transportar mísseis ar-ar e executar uma série de missões, como apoio aérea aproximado, supressão e destruição de defesas aéreas e ofensivas estratégicas.
O Kizilelma, num segundo momento, também será destinado a operações aeronavais. Segundo o fabricante, o aparelho poderá decolar e pousar em porta-aviões de pista curta, como é o caso do navio de assalto anfíbio TCF Anadolu, a principal embarcação militar da marinha turca.
Sobre o desempenho, a Baykar informa que o “drone-caça” é projetado para voar por cinco horas e alcançar velocidades de até 800 km/h. O aparelho terá peso máximo de decolagem de 5.500 kg, sendo 1.500 kg de carga útil (que podem ser armamentos ou sensores). Trata-se de uma diferença de performance brutal comparado ao Bayraktar, que transporta apenas 150 kg e voa a 220 km/h.
A despeito do notório avanço na condução do projeto e a execução de importantes testes, a Baykar ainda não divulgou um prazo sobre a entrada em serviço do Kizilelma, que pode ser a primeira aeronave de seu gênero no mundo militar.