O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou nesta sexta-feira (23) que aprovou um financiamento de R$ 490 milhões para a Eve, divisão da Embraer que projeta aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL).
O crédito liberado pelo BNDES corresponde a 75% do total que será investido na fase de desenvolvimento do projeto da Eve, que é de R$ 652 milhões. Desse valor R$ 80 milhões serão oriundos do Programa BNDES Fundo Clima (subprograma Mobilidade Urbana) e R$ 410 milhões provenientes da Linha Finem – Incentivada A/Inovação.
“Estamos muito orgulhosos do apoio do BNDES ao desenvolvimento do eVTOL. A operação é especialmente emblemática no âmbito do Fundo Clima, ao contemplar o desenvolvimento de um produto disruptivo e que mitigará a emissão de gases de efeito estufa. O sucesso no desenvolvimento do eVTOL permitirá o ingresso num segmento de mercado de alta intensidade tecnológica”, comentou Bruno Aranha, diretor de crédito produtivo e socioambiental do BNDES.
Para o co-CEO da Eve, André Stein, o apoio do BNDES é importante para o avanço da indústria de mobilidade urbana e a sustentabilidade do setor aéreo. “Esse apoio vai não só acelerar a inovação, mas também a ascensão de uma nova forma de aviação mais sustentável com as aeronaves eVTOL, ajudando a transformar a indústria e a mobilidade urbana, e reduzindo a poluição sonora e o custo dos voos urbanos. O BNDES será um parceiro fundamental para completarmos o desenvolvimento do nosso portfólio de produtos e serviços.”
A aprovação do financiamento para Eve ainda está sujeita ao comprimento de condições prévias fixadas pelo BNDES e à assinatura do respectivo contrato.
A entrega dos primeiros eVTOLs da Eve é esperada para meados de 2026. A empresa brasileira é atualmente um dos principais nomes desse novo modal de transporte, tanto que acumula mais de 2.000 pedidos pelas aeronaves elétricas de transporte urbano.
