A Boeing revelou nesta quarta-feira (22) que recebeu o aval da FAA (Federal Aviation Administration) para iniciar os voos de testes de certificação do 737 MAX 10, maior variante da família de jatos de fuselagem estreita.
A autorização era aguardada há meses e significa que o processo de certificação entrará em sua reta final, após a análise de documentos. Pilotos da agência de aviação civil dos EUA passarão a voar junto com as tripulações da Boeing para verificar os procedimentos operacionais e de segurança a partir de agora.
“O 737-10 foi autorizado pela FAA para iniciar os testes de voo de certificação, um marco significativo enquanto trabalhamos para que o avião seja certificado para entrar em serviço de passageiros”, afirmou a Boeing em suas contas em redes sociais.
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Executivos da Boeing haviam comunicado o posicionamento da FAA aos funcionários horas antes em uma carta. “Este é um marco significativo enquanto trabalhamos para que o 737-10, o maior avião da família 737 MAX, seja certificado para entrar em serviço de passageiros com operadoras de todo o mundo”, escreveu Mike Fleming, vice-presidente sênior para programas de desenvolvimento, Ed Clark, Engenheiro Chefe do programa 737, e Wayne Tygert, Vice-Presidente Gerente Geral.
Trem de pouso estendido
A versão 737-10, como também é chamada, é uma resposta ao A321neo, aeronave comercial de maior sucesso da Airbus.
Embora não tenha o mesmo alcance ou capacidade de passageiros (230 assentos contra mais de 240 lugares do A321neo), o 737 MAX 10 é celebrado por vários clientes por possibilitar atender a demanda de rotas mais congestionadas, mantendo a comunalidade de frota com outras versões.
Para viabilizar a variante, a Boeing teve que desenvolver um sistema de extensão do trem de pouso em solo por conta da proximidade da parte traseira da fuselagem durante decolagens.
Quando está nos aeroportos, o 737-10 fica “mais alto” que os demais 737, mas após decolar o trem de pouso “encolhe” para se alojar no mesmo compartimento da família, evitando uma mudança estrutural mais complexa.
A Boeing planeja colocar o 737-10 em serviço a partir do final de 2024, mas afirma que o programa de certificação ocorrerá no ritmo necessário e com segurança. Até outubro, a empresa tinha 963 pedidos firmes do modelo, de clientes como a Gol, que espera pelo jato em 2025.