Provavelmente a versão mais desconfortável do Boeing 737 MAX, o modelo MAX 200 deve receber as certificações operacionais das agências regulatórias dos EUA (FAA) e da Europa (EASA) nas próximas semanas.
Derivado do 737 MAX 8, o modelo MAX 200 com capacidade para 197 ocupantes foi desenvolvido pela Boeing a pedido da companhia aérea low cost Ryanair, que encomendou 210 exemplares do jato modificado para transportar mais ocupantes. A empresa irlandesa chama o novo avião de “737-8200”.
“Esperamos que o 8200 seja certificado pela FAA em algum momento no final desta semana e pela EASA no final desta semana ou no início da semana que vem”, disse o presidente-executivo do grupo da Ryanair, Michael O’Leary, ao Flight Global, acrescentando que a companhia espera receber o primeiro aparelho em abril, caso a certificação seja confirmada no prazo esperado.
O’Leary disse que a empresa deve receber oito 737-8200 no mês que vem e o mesmo número em maio. No total, a Ryanair tem 210 pedidos pelo novo 737 MAX 200.
De acordo com a Boeing, ao transportar mais passageiros o 737 MAX 200 oferece um custo por assento 20% inferior aos 737 da geração passada (os modelos Next Generation) e 5% mais baixo que o 737 MAX 8, que comporta até 189 ocupantes. Quer mais? A fabricante também garante que a nova versão do 737 MAX será o jato de um corredor (narrowbody) mais eficiente do mundo.
A ampliação na quantidade de assentos na cabine do MAX 200 também exigiu alterações na fuselagem, que ganhou mais duas saídas de emergência para adequar o avião às normas de evacuação. O espaço entre as poltronas, no entanto, será um dos mais apertados da aviação comercial, com pitch de apenas 28 polegadas (ou 71 centímetros).
Apesar de tantos predicados, o presidente do grupo Ryanair afirmou que a empresa não tem pressa em receber os novos jatos. “Não precisamos dessas aeronaves, mas estamos ansiosos para que elas sejam entregues para que possamos começar a treinar nossos pilotos e tripulantes de cabine para que se familiarizarem com elas e para que nossos clientes possam desfrutar de voar nelas.”
O chefe da Ryanair também não espera “quaisquer preocupações” dos clientes sobre viajar no 737 MAX, que só voltou às operações comerciais em dezembro de 2020, depois do aterramento global iniciado em março de 2019. Caso algum passageiro se recuse a embarcar da aeronave, O’Leary afirmou que “eles podem ser desembarcados sem cobrança de taxa”.