A Boeing anunciou nesta quinta-feira (9) que a Federal Aviation Administration (FAA), a autoridade de aviação dos Estados Unidos, certificou o jato de nova geração 737 MAX 8 para o serviço comercial. Com a autorização, a fabricante pode iniciar os processos de entregas aos primeiros clientes, programados para os “próximos meses”, informou a empresa.
A Boeing já tem uma lista com mais de 3.600 encomendas pelo 737 MAX, de 83 clientes do mundo todo. O primeiro operador do novo jato será a companhia Lion Air, da Indonésia. No Brasil, o modelo foi encomendado pela Gol, com previsão de entrega para 2018.
O 737 MAX 8 estreará no mercado justamente no ano em que o Boeing 737 completa 50 anos de seu primeiro voo. O jato voou pela primeira vez em nove de abril de 1967 e começou a ser produzido em série a partir do ano seguinte. Desde então, a fabricante vendeu mais de 9.300 unidades do 737, o avião comercial mais vendido da história.
O desenvolvimento da série MAX, a quarta geração do 737, foi iniciado em 2011 e o jato voou pela primeira vez em janeiro de 2016. Além do 737 MAX 8, a nova família de aeronaves de um corredor da Boeing ainda compreende as versões 737 MAX 7 e 737 MAX 9, este apresentado nesta semana. Há também estudos sobre o 737 MAX 10, a maior versão do 737 já proposta, para até 220 passageiros.
As principais novidades no projeto do 737 MAX são os motores LEAP-1B, da CFM Internacional, e winglets reformulados nas pontas das asas. Segundo a Boeing, essas tecnologias proporcionam um consumo de combustível 20% inferior ao da geração anterior, o 737 “Next Generation”.
A fabricante ainda afirma que o novo 737 é 14% mais eficiente em consumo comparado aos “aviões de um corredor mais econômicos da atualidade”, uma forma discreta que a Boeing encontrou para dizer que o 737 MAX é mais econômico que o Airbus A320neo, seu principal concorrente.
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