Um Boeing 737 MAX 9 da Alaska Airlines sofreu uma descompressão em voo após perder uma seção de uma saída de emergência desativada a cerca de 16.000 pés de altitude (4.870 metros) na sexta feira, 5 de janeiro.
Os pilotos conseguiram levar a aeronave de volta ao Aeroporto de Portland, de onde havia decolado o voo AS 1282, em segurança. Havia 171 passageiros e seis tripulantes a bordo.
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Horas depois do incidente, a Alaska Airlines anunciou o aterramento de seus 65 737 MAX 9 como medida de precaução até inspecionar cada aeronave em conjunto com a FAA (Federal Aviation Administration).
“Cada aeronave retornará ao serviço somente após a conclusão de todas as inspeções de manutenção e segurança. Prevemos que todas as inspeções serão concluídas nos próximos dias”, afirmou o CEO da Alaska, Ben Minicucci em comunicado.
O voo AS 1282 decolou do Aeroporto de Portland às 17h06 da sexta-feira (horário localo), com destino a Ontario, na Califórnia. Após iniciar a subida, a aeronave de matrícula N704AL sofreu uma descompressão cerca de seis minutos depois quando um painel inteiro da fuselagem se rompeu.
A peça substitui uma porta de emergência no 737-9 que é usada em configurações de cabine de alta densidade. Na Alaska, no entanto, o jato da Boeing só possui 178 assentos em duas classes e seu uso é desnecessário.
An Alaska Airlines flight was forced to return to Portland International Airport after a section of the fuselage suddenly blew out of the plane Friday evening with a big boom and a rush of air through a gaping hole.https://t.co/GxzCvAsNqD pic.twitter.com/WgAYEXqXTA
— The Oregonian (@Oregonian) January 6, 2024
Gravações de vídeos dos passageiros mostram a aeronave voando de volta para Porland com as máscaras de oxigênio acionadas. Apesar disso, nenhuma pessoa sofreu ferimentos, apenas uma criança teve uma peça de roupa arrancada pela descompressão.
O incidente ocorre dias após a Alaska Airlines celebrar a chegada do seu primeiro Boeing 737 MAX 8 e de compartilhar planos ambiciosos de expansão da frota de jatos de fuselagem estreita.
A Boeing tem sofrido um grande escrutínio a respeito da família de aeronaves após dois acidentes fatais causados por um erro de projeto de um sistema de segurança.
A fabricante de aviões tem pressionado a FAA para emitir a certificação de tipo do modelo 737 MAX 7 que está há quase cinco anos à espera da entrada em serviço.
A versão 737 MAX 9 é bem menos popular que o 737 MAX 8, operado pela Gol no Brasil e que não tem esse tipo de porta de emergência extra.