Embora a China não tenha confirmado o banimento aos aviões da Boeing como resposta às tarifas aos produtos do país impostas por Trump, um 737 MAX 8 que deveria ter sido entregue a uma companhia aérea do país decolou no sábado dos arredores de Xangai em direção aos EUA.
A aeronave, ainda com a matrícula provisária N230BE, havia voado para o centro de acabamento da Boeing em Zhoushan, onde receberia o interior e a pintura de seu futuro cliente.
Siga o AIRWAY nas redes: WhatsApp | Telegram | Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter
Mas o jato está voltando para Seattle. Segundo o FlightRadar24, o voo BOE736 chegou a ilha de Guam, no Pacífico, antes seguir para Honolulu, onde pousou neste sábado. Ambos são escalas técnicas necessárias para cobrir o longo voo de 8.000 km pelo Oceano Pacífico.
O retorno do jato comercial é mais um capítulo na guerra comercial iniciada pelo presidente Donald Trump, que impôs uma tarifa de 145% sobre os produtos chineses.

O governo Xi Jiping respondeu com taxas extras de 125%, mas oficialmente não haveria restrições às aeronaves da Boeing.
A Bloomberg, contudo, citou fontes para afirmar que sim, as companhias aéreas chinesas não poderão receber mais jatos da fabricante dos EUA nem mesmo adquirir componentes de reposição para suas frotas.
Segundo o site da Boeing, há 130 aeronaves pendentes de entrega para transportadoras da China, mas o total poderia ser maior em virtude de contratos de leasing com arrendadores.
A Boeing já vem de uma seca de quatro anos sem pedidos de empresas chinesas por suas aeronaves comerciais