A Transport Canada, agência responsável pela aviação civil no país, entre outras funções, iniciou nesta quarta-feira, 26, voos de testes com o 737 MAX como parte dos esforços para recertificar o jato da Boeing.
A autoridade canadense é o primeiro órgão fora dos EUA a realizar tais atividades após a FAA (agência de aviação civil do país) encerrar seus voos de avaliação em julho. Assim como a agência americana, a equipe canadense está voando com um 737 MAX 7 fornecido pela Boeing com equipamentos e sensores para registrar o comportamento do jato. Os voos estão sendo realizados a partir de Moses Lake, aeroporto localizado no estado de Washington e que é usado pela Boeing para seus próprios testes.
Em seu processo de recertificação do 737 MAX, o FAA acordou com outras agências para que houvesse avaliações independentes necessárias para validar a proposta de mudanças feita pela Boeing. “Esses testes validarão áreas-chave da certificação FAA” informou a Transport Canada na semana passada.
A FAA também conta com a participação da agência EASA, da Europa, e da brasileira ANAC. Em setembro, as quatro agências reguladoras deverão decidir qual será o treinamento mínimo para os pilotos estarem aptos a voar o 737 MAX no chamado Joint Operational Evaluation Board (JOEB ou Conselho Conjunto de Avaliação Operacional).
Últimos passos
Embora a FAA não tenha se comprometido a definir uma data para emitir a Diretiva de Aeronavegabilidade que encerrará o aterramento do avião da Boeing, o entendimento no mercado é que isso deverá ocorrer em outubro, pouco tempo depois que o processo de audiência pública lançado neste mês for encerrado.
Algumas companhias aéreas como a American Airlines e a Gol têm afirmado que esperam contar com o retorno do 737 MAX em dezembro. A empresa brasileira tem sete jatos parados em Confins aguardando autorização para retomarem a operação, além de várias unidades prontas para entrega nos EUA.
Jato comercial mais vendido na história da Boeing, o modelo está proibido de voar desde março de 2019 após dois acidentes fatais como aviões das companhias Lion Air e Ethiopian Airlines que vitimaram 346 pessoas.
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