Passados quase quatro anos de interrupção, o Boeing 737 MAX voltou a voar com passageiros em rotas domésticas na China nesta sexta-feira (13). A retomada das atividades com a aeronave no país se deu pela China Southern Airlines, que até o momento é o maior cliente chinês da família MAX com 24 jatos do tipo (na versão MAX 8) na frota.
A China ordenou o aterramento do avião da Boeing em seu território um dia após o acidente com um modelo 737 MAX 8 da Ethiopian Airlines, em 10 de março de 2019, que matou os 149 passageiros e tripulantes que estavam a bordo. Esta foi a segunda tragédia envolvendo a série MAX. Em 23 de outubro de 2018, um jato do mesmo tipo operado pela Lion Air, da Indonésia, caiu no mar próximo de Jacarta com 189 pessoas a bordo. Não houve sobreviventes.
Por ora, somente a China Southern Airlines reativou o 737 MAX. A aeronave da Boeing está presente hoje nas frotas de outras 14 empresas aéreas chinesas, que receberam um total de 64 aparelhos da série MAX (todos na variante MAX 8). Essas outras companhias, no entanto, ainda não definiram um cronograma sobre a reativação do jato.
Até hoje, o 737 MAX estava ausente somente em trechos domésticos na China. Em outubro do ano passado, a companhia MIAT Mongolian Airlines, da Mongólia, já havia reativado suas rotas internacionais com a aeronave entre a capital Ulan Bator e destinos chineses.
Após os dois acidentes acidentes em 2018 e 2019, o 737 MAX permaneceu 20 meses aterrado no mundo todo enquanto os problemas da aeronave eram solucionados. O primeiro país que viu o retorno do jato da Boeing foi o Brasil, em 9 dezembro de 2020, com a Gol Linhas Aéreas.
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