Conhecida por desenvolver e modificar os primeiros jatos Airbus A320 e A321 de passageiros para o transporte de cargas, a empresa ST Engineering anunciou na última semana o lançamento de um programa de conversão de modelos Boeing 757 em aeronaves de combate a incêndios. A ST chamou o novo projeto de 757P2T (passenger to tanker/passageiros para avião-tanque).
O trabalho de modificação será executado nas instalações da ST Engineering nos EUA. O desenvolvimento também tem participação da Galactic Holdings, empresa norte-americana que presta serviços de combate a incêndios florestais com aeronaves e que planeja adquirir cerca de 10 jatos convertidos. Espera-se que o primeiro aparelho modificado entre em operação em 2024.
De acordo com os idealizadores do projeto, o 757 convertido será equipado com dois tanques internos com capacidade para até 26.500 litros de substâncias retardantes de chamas. A empresa diz que o modelo será uma das plataformas aéreas de combate a incêndios mais capazes da atualidade.
“Estamos felizes por podermos aproveitar nossa experiência em conversão de aeronaves para desenvolver soluções inovadoras para serem usadas na luta crucial contra incêndios florestais que estão aumentando em número em vários pontos críticos em todo o mundo”, disse Jeffrey Lam, presidente da divisão aeroespacial da ST Engineering.
Matéria-prima não falta
Descontinuado há quase 20 anos, o 757 ainda está presente na frota de muitas empresas aéreas, principalmente em versões convertidas para o transporte de cargas. A ST Engineering, a propósito, possui uma longa experiência nesse tipo de serviço com o avião da Boeing. Desde o ano 2000, a empresa modificou mais de 100 jatos 757-200 de passageiros para o transporte de cargas.
O 757 foi produzido pela Boeing de 1982 até 2005. Nesse período, foram entregues 1.057 exemplares do modelo, dos quais cerca de 620 unidades continuam em serviço.