Boeing 777-8 cresce um metro e poderá levar até 395 passageiros

Widebody passou a ter 70,9 metros de comprimento graças a uma seção extra na fuselagem. Tamanho é o mesmo do cargueiro 777-8F
O Boeing 777-8F deve entrar em serviço no final da década (Boeing)

Ainda distante do primeiro voo, o jato 777-8 cresceu. Menor versão do widebody da família 777X ganhou 1,1 metro de comprimento em sua fuselagem, segundo dados da Boeing.

A informação não foi divulgada, mas o jornalista Max Kingsley-Jones notou a diferença nas especificações da aeronave no site da planemaker.

Nele, o 777-8 passou de 69,79 metros para 70,86 metros graças a uma nova seção de fuselagem. Ela deverá ser posicionada na parte traseira da aeronave, segundo Kingsley-Jones.

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O aumento do comprimento, não por coincidência, torna o 777-8 idêntico ao cargueiro 777-8F. Essa estratégia reduz custos além de tornar o widebody mais capaz que seu rival, o Airbus A350.

De quebra, a aeronave de passageiros poderá no futuro ser convertida para carga oferecendo um layout na cabine principal semelhante ao cargueiro dedicado.

Graças ao espaço extra, o 777-8 poderá transportar 395 passageiros em duas classes, 11 pessoas a mais do que no projeto original. Supreendemente, o alcance máximo até cresceu: era de 8.730 milhas náuticas (16.170 km) e agora passou a ser de 8.745 milhas náuticas (16.190 km).

A maior autonomia sugere que o 777-8 teve um aumento significativo no seu peso máximo de decolagem, já que a aeronave ganhou bons quilos com a nova seção.

A Etihad é um dos poucos clientes do 777-8 conhecidos (Boeing)

Em busca de clientes

As mudanças no widebody da Boeing podem ajudar a fabricante a atrair pedidos para o 777-8, que atualmente só tem dois clientes oficiais, a Etihad, com oito aeronaves, e a Emirates Airline, que teria 16 jatos encomendados.

No entanto, mudanças na carteira de pedidos da Boeing indicam que a Emirates pode ter substituído o 777-8 pelo 777-9, de maior capacidade de passageiros.

Diante das dificuldades em obter a certificação do 777X, a Boeing preferiu focar no 777-9 e então colocar em serviço a variante de carga 777-8F, deixando o 777-8 na geladeira. Talvez agora a situação possa mudar.

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