Em meio a uma maré de más notícias, a Boeing conseguiu algo para comemorar, o primeiro voo de certificação do widebody 777-9 com a Federal Aviation Administration (FAA).
Uma das quatro aeronaves de teste, o N779XY concluiu um voo de 1 hora e 52 minutos a partir do Boeing Field, em Seattle, nesta sexta-feira, 12.
O primeiro voo de certificação ocorreu após a Boeing conseguir a Autorização de Inspeção de Tipo da FAA, que significa que a fabricante atingiu requesitos mínimos para que a avaliação possa ter início.
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“O 777-9 iniciou os testes de voo de certificação no Boeing Field em Seattle, um passo importante à medida que trabalhamos sob a supervisão de nosso regulador para obter a certificação do avião e entregá-lo a clientes em todo o mundo”, comunicou a Boeing em suas redes sociais.
Maior bimotor de passageiros da história
A Boeing tenta colocar no mercado uma nova geração do widebody 777 desde o início da década de 2010.
A proposta foi aprimorar o projeto original seguindo a lições aprendidas com o desenvolvimento do 787 Dreamliner, aeronave que utiliza soluções mais eficientes de estruturas, aviônicos, motores e aerodinâmica.
Além disso, o 777X é o maior bimotor de passageiros da história, com capacidade para 426 assentos em duas classes na versão 777-9.
A despeito de lançar o 777X em 2013, a Boeing avançou lentamente em seu programa, que acabou interrompido por dificuldades técnicas como nos novos motores GE9X.
O voo inaugural ocorreu em 25 de janeiro de 2020 após vários atrasos e já que com a empresa lidando com as consequências de dois acidentes fatais com o 737 MAX.
Aposta na entrada em serviço no final de 2025
Mesmo com a pandemia do Covid-19, a Boeing colocou em voo quatro aeronaves de testes para buscar a certificação em curto tempo.
Porém, as revelações sobre os procedimentos fraudulentos de certificação do 737 MAX e problemas de qualidade em suas linhas de montagem fizeram a FAA endurecer o processo.
Agora, a Boeing mantém sua previsão de colocar o 777-9, a primeira variante de três, em serviço no final de 2025 com a cliente lançadora Lufthansa e em seguida a Emirates Airline.
As duas empresas aéreas, no entanto, estão pessimistas e esperam pela aeronave apenas a partir de 2026.