Boeing 777X é aterrado após falha em estrutura que segura motores nas asas

Widebody está em meio aos voos de certificação junto à FAA com expectativa de ser aprovado para entrar em serviço em 2025
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A Boeing suspendeu os voos com as aeronaves de testes do 777-9 após uma falha estrutural ter sido localizada na estrutura que prende os motores às asas durante um voo de certificação em 15 de agosto.

A decisão foi revelada pelo site The Air Current e confirmado pela fabricante.

Segundo o site, logo após um voo de 5 horas e 30 minutos com o protótipo de matrícula N7779XY a partir do Aeroporto Internacional de Kona, no Havaí, a equipe da Boeing percebeu um problema estrutural após a inspeção pós-voo.

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Checagens em outros dois 777-9 da frota de testes confirmaram o mesmo problema, o que fez a Boeing suspender os voos até compreender o que ocorreu.

“Durante a manutenção programada, identificamos um componente que não funcionou conforme o projetado. Nossa equipe está substituindo a peça e capturando quaisquer aprendizados do componente e retomará os testes de voo quando estiver pronto”, disse um comunicado da Boeing ao The Air Current.

O imenso motor GE9X, maior turbofan do mundo
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Cronograma de desenvolvimento atrasado

O novo imprevisto se soma a vários outros problemas que o projeto do 777X, o maior widebody bimotor do mundo, tem enfrentado desde seu lançamento.

A aeronave, uma variante aprimorada e mais capaz do 777 original, pretende ser uma alternativa mais eficiente aos antigos quadrimotores como o 747 e o A380.

Porém, o programa de desenvolvimento tem enfrentado vários atrasos, inicialmente em virtude da certificação do novo motor GE9X, o maior turbofan já desenvolvido.

A Lufthansa tem 20 pedidos firmes pelo novo Boeing 777-9
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A pandemia do Covid e o escândalo do 737 MAX também afetaram o 777X, obrigando a Boeing a atender exigências mais duras da FAA.

A situação parecia melhor em julho, quando a autoridade de aviação civil dos EUA finalmente deu aval para os voos de certificação.

A Boeing espera obter a certificação de tipo em 2025 e entregar os primeiros jatos para a Lufthansa e Emirates até o fim do ano que vem.

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