Mais um problema de qualidade está assombrando o Boeing 787 Dreamliner. Na última sexta-feira (7), a Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos emitiu um novo boletim de segurança para a aeronave. O motivo: as torneiras dos toaletes podem apresentar vazamentos, sob o risco da água escorrer para os sistemas eletrônicos do avião e danificá-los.
O boletim da FAA ordena inspeções repetitivas no 787 em busca dos possíveis vazamentos e substituir os componentes afetados quando necessário. De acordo com a rede CBS News, a recomendação da agência norte-americana foi motivada após uma denúncia anônima sobre o novo problema no widebody da Boeing. A proposta ainda precisa ser aprovada.
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egundo a publicação, a FAA relatou que houve observações de tapetes molhados na cabine de um Dreamliner, problema que mais tarde foi considerado relevante para ser investigado em mais aviões do tipo, pois a empresa que inspecionou suas aeronaves encontrou torneiras com vazamentos. O nome da companhia aérea não foi relevado.
Diz ainda a CBS News que a Boeing tinha conhecimento do novo problema no 787 desde novembro do ano passado e as companhias aéreas que voam os modelos possivelmente afetados já foram informadas. A inspeção deve ser necessária em 140 aeronaves de empresas dos EUA, apontou a rede de notícias.
Problemas de qualidade interromperam entregas do 787, três vezes
Em fevereiro deste ano, a FAA proibiu a Boeing de entregar novos jatos 787 aos clientes até que um problema na produção da aeronave fosse solucionado. O defeito estava relacionado a uma antepara de pressão na parte frontal da fuselagem, que era fornecida pela Spirit AeroSystems.
Está foi a terceira vez que a Boeing foi forçada a paralisar temporariamente as entregas do 787 por conta de problemas de produção. Essa parada mais recente, porém, durou menos de um mês, ao contrário das anteriores.
A última pausa nas entregas do 787 durou 15 meses. As remessas foram retomadas em agosto de 2022, quando a Boeing mantinha mais de 100 exemplares da aeronave estocados esperando a liberação da FAA. Na primeira suspensão, em 2020, as entregas foram paralisadas por sete meses.
“Podem apresentar” não significa que “vá apresentar”. Qualquer coisa relacionada à Boeing ganha dimensões bem maiores do que a de seu concorrente que apresentou um gravíssimo problema nos painéis de revestimento da fuselagem mas esse “pequenino problema” foi tratado como algo insignificante.