O Boeing 787 completou seu primeiro voo de passageiros há pouco mais de 12 anos com a All Nippon Airways e é até hoje considerado o que há de mais moderno em aeronave comercial.
Mas por estranho que pareça, há jatos do modelo já condenados a virar sucata. Dois 787-8 que voaram pela Norwegian Air e estavam estacionados na Escócia desde 2019 foram desmanchados no ano passado, para que suas peças pudessem ser revendidas.
Parecia um caso isolado, mas nesta semana a empresa C&L Engine Solutions, dos EUA, anunciou o desmonte de mais um widebody 787 Dreamliner.
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Será o primeiro 787 com motores GEnX a ser desmontado já que os outros dois usavam turbofans Trent 1000, mas a aeronave de número de série 35507 tem outros aspectos surpreendentes.
O mais impressionante é que o jato de matrícula N947BA foi rejeitado desde que voou em 2016. A aeronave fazia parte de uma encomenda da Royal Air Maroc, mas teria sido recusada em virtude de defeitos na montagem e excesso de peso.
Jato fez apenas alguns voos de traslado
A Boeing acabou registrando o 787 em seu nome e o repassou em 2017 para a empresa Crystal Luxury Air, que pretendia transformá-lo em uma aeronave VIP.
O jato bimotor então voou para Victorville, na Califórnia, local onde são armazenados centenas de aviões, à espera de um destino melhor.
Mas em vez de virar um “tapete voador”, o 787 ficou esquecido no aeroporto por quase sete anos até decolar em 2 de março para o Roswell International Air Center, no Novo México.
Lá a aeronave, que chegou a exibir a pintura da Royal Air Maroc mas passou a maior parte do tempo com a fuselagem branca, encontrará o seu destino final ao tornar-se apenas um estoque de peças com asas.
“O momento deste projeto para o 787 é perfeito”, disse Tim Brecher, presidente da C&L Engine Solutions. “A frota de 787 está atingindo a marca de 12 anos desde as primeiras entregas e entrando em uma agenda lotada de manutenção pesada. A escassez de peças sobressalentes no mercado, combinada com os desafios contínuos na cadeia de fornecimento, tornam este projeto crítico para OEMs e operadores”.
Segundo Brecher, o 787 teve apenas alguns ciclos de voos de traslado completados, o que torna o trabalho incomum. Um triste adeus para um jato comercial tão especial e ao mesmo tempo rejeitado.
pq a fab não compra para servir a Presidência da República ? Uma boa negociação pode o 787 sair bem mais barato
Publicação incompleta, não dá as devidas informações sobre os motivos do fim precoce. Reportagem indesejável