A China Airlines, principal companhia aérea de Taiwan, anunciou nesta terça-feira, 30, a intenção de adquirir 16 jatos 787-9 Dreamliner, com mais oito opções de compra, junto à Boeing.
Os widebodies serão entregues a partir de 2025 e substituirão os 22 Airbus A330-300 que estão em operação atualmente. O acordo, cotado em US$ 4,6 bilhões, ocorre semanas após a visita a Taipei da presidente do Congresso dos EUA, Nancy Pelosi, o que irritou o governo chinês, que considera a ilha uma “província rebelde”.
Como represália, as forças armadas da China empreenderam um enorme exercício militar nos dias seguintes à visita, com direito a uso de munição real em regiões próximas à Taiwan.
Segundo analistas, o acordo soou como uma contrapartida à recente encomenda de quase 300 jatos da família A320neo pelas principais companhias aéreas da China. A autoridade de aviação civil do país, por outro lado, continua a proibir a operação do Boeing 737 MAX, a despeito de a aeronave já ter retornado ao serviço na maior parte do mundo.
A China Airlines afirmou que as oito opções de compra poderão ser convertidas em pedidos do 787-10, de maior capacidade.
A escolha do Dreamliner teve como um dos motivos a capacidade de carga, superior ao A330neo, que concorria com o Boeing. A China Airlines possui uma divisão forte de carga aérea, que opera quatro 777F.
A frota de widebodies da companhia aérea é formada também por 10 777-300ER, 18 747-400 e 14 A350-900.