A Boeing celebrou neste mês os 15 anos do voo inaugural do 787 Dreamliner, um widebody que introduziu várias tecnologias inovadoras na aviação comercial.
Após a ousada concepção do Sonic Cruiser, um jato de passageiros que voaria perto da velocidade do som, a Boeing apresentou o convencional 7E7, mais tarde renomeado como 787 em 2004.
Nascido para substituir o bem sucedido 767, o Dreamliner, como também é conhecido, trazia diversas inovações como a estrutura majoritariamente feita em material composto, motores mais eficientes, um ambiente de cabine mais suave e até janelas maiores para os passageiros.
O primeiro voo ocorreu em 15 de dezembro de 2009 e o 787-8, a primeira e menor versão, entrou em serviço com a All Nippon Airways (ANA) em outubro de 2011.
“Hoje é realmente um dia de orgulho e histórico para a equipe global que trabalhou incansavelmente para projetar e construir o 787 Dreamliner – o primeiro avião a jato totalmente novo do século 21”, disse na época Scott Fancher, então vice-presidente e gerente geral do programa 787.
Problemas constantes
Apesar do desenvolvimento célere, que contou com seis aeronaves de testes, o 787 não teve um início de carreira tranquilo. A aeronave apresentou diversos problemas, como incêndio nas baterias de íon de lítio e vazamentos de combustível.
Após superar os problemas iniciais, a Boeing conseguiu colocar no mercado a popular variante 787-9 e a de maior capacidade, a 787-10, porém, novos desafios surgiram nos últimos anos que envolveram a qualidade deficiente na linha de montagem.
Até novembro, a Boeing entregou 1.152 aeronaves de um total de pouco mais de 1.930 pedidos líquidos.
A versão 787-9 é a mais presente nos aeroportos do mundo, com 641 jatos entregues, seguido do pioneiro 787-8 com 397 aviões – o 787-10 tem apenas 114 aeronaves entregues.
Veja destaques do 787 Dreamliner
- Design: O 787 faz uso de materiais compósitos, que o tornam mais leve, mais econômico em termos de combustível e mais silencioso que as aeronaves da geração anterior.
- Ambiente da cabine de passageiros: Graças à fuselagem em material composto, a pressurização da cabine é mais baixa do que em outras aeronaves, o que resulta em mais conforto para os passageiros.
- Janelas maiores: outro benefício da sua estrutura mais leve e forte é o projeto de janelas com área maior, que permite uma visão mais ampla do exterior.
- Asas mais eficientes: o projeto das asas do 787 as torna mais leves e reduz a turbulência, refletindo num voo mais suave e econômico.
- Cabine mais silenciosa: o conjunto de inovações também torna o voo no 787 mais silencioso, um ponto importante para os passageiros em longas jornadas.
- Custo menor operacional: obviamente, um dos aspectos mais importantes da aeronave é consumir menos combustível, cerca de 20% menos que o 767.