Boeing amplia investimento na indústria de biocombustível para aviação no Brasil

Fabricante quer identificar comunidades de agricultores no Brasil para fornecer matérias-primas para produzir combustível sustentável
Boeing 787
Empresas estratégicas como Embraer, Akaer e Avibras vêm sendo afetadas pela Boeing (Boeing)
Tecnologias desenvolvidas pela Boeing no Brasil serão aplicadas em futuras atualizações de seus produtos, como o 787 (Boeing)
Em 2018, a Boeing já havia investido outro US$ 1 milhão para as ações do setor no Brasil (Boeing)

A Boeing anunciou nesta segunda-feira (17) US$ 1 milhão em investimentos no Brasil para estabelecer uma indústria de combustível sustentável para a aviação. De acordo com a empresa, o capital será investido em iniciativas que “maximizem benefícios sociais, econômicos e ambientais” para as comunidades locais envolvidas na produção de matérias-primas para fabricar biocombustível para aviões. Em 2018, a empresa norte-americana já havia investido outro US$ 1 milhão para as ações do setor no mercado brasileiro.

“O Brasil é uma potência em biocombustível e acreditamos que essa liderança pode se traduzir em benefícios para pequenos agricultores e comunidades que participam da cadeia de fornecimento de múltiplas matérias-primas que viabilizam a produção de biocombustível para aviação no país”, disse Marc Allen, vice-presidente sênior da Boeing e presidente da parceria com a Embraer e das operações do grupo.

A Boeing vai realizar o novo investimento no país em parceria com o Fundo Mundial para a Natureza (WWF) e a Roundtable for Sustainable Biomaterials (RSB- sigla em Inglês para Mesas Redondas para Biocombustíveis Sustentáveis), para identificar comunidades de agricultores com potencial para fornecer biomassa para a produção de biocombustível. Os produtores serão então certificados usando indicadores de sustentabilidade que geram benefícios sociais, como geração de renda, práticas trabalhistas sólidas e segurança alimentar. Pequenos grupo de lavradores que produzem cana de açúcar e óleo de macaúba na região sudeste já foram certificados pela RBS nos últimos anos, com o apoio financeiro da gigante do setor aeroespacial.

Em 2013, tanto o WWF quanto a RBS participaram do desenvolvimento do Plano de Voo Para Biocombustíveis de Aviação no Brasil. Este projeto, liderado pela Boeing, Embraer e a Fundação de Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), detalha as oportunidades e desafios de criar uma indústria de distribuição e produção de biocombustível para a aviação que seja economicamente viável e sustentável no Brasil.

“Nos últimos 10 anos, a Boeing investiu mais de US$ 2 milhões em projetos comunitários no Brasil”, disse Allen. “O Brasil é líder na indústria aeroespacial global e a Boeing está empenhada em trabalhar com nossos parceiros locais para garantir sua permanência na vanguarda da inovação por muitas gerações.”

A Boeing também informou que espera fazer um anúncio sobre novos investimentos na área de Educação em ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM, na sigla em inglês) no Brasil nas próximas semanas.

Veja mais: Primeiro voo do Boeing 777X é adiado para o final de 2019

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