Boeing aumentará produção do 767

Widebody lançado nos anos 80 terá sua razão de produção mensal de 2,5 para 3 aeronaves a fim de atender mercado de cargas
O mercado de carga aérea tem crescido a ponto de a Boeing rever a produção do 767 (Boeing)
O mercado de carga aérea tem crescido a ponto de a Boeing rever a produção do 767 (Boeing)

Quase perto de completar 40 anos, o jato 767 está prestes a ter sua produção ampliada. A Boeing anunciou recentemente que o widebody passará a ter uma razão de produção de 3 aeronaves por mês contra 2,5 recentemente.

O motivo para isso está na ampliação do mercado de carga aérea causado sobretudo pelo aumento do comércio online e das entregas expressas. A esse fenômeno se juntou também a encomenda do KC-46, versão de reabastecimento aéreo, feita pela Força Aérea dos EUA.

Nas redes sociais, a Boeing comemorou o aumento de produção justificando a decisão no aumento da demanda por aviões cargueiros que “deverá crescer mais de 75% nos próximos 20 anos”.

Atualmente, a Boeing possui uma carteira de pedidos do 767 que soma 96 unidades, todas elas cargueiras afinal o último jato de passageiros foi entregue em 2014 para a companhia aérea Air Astana.

A Boeing chegou a cogitar reabrir a linha de montagem do 767-300ER, variante de passageiros de maior sucesso do modelo, mas acabou preferindo focar suas atenções no NMA, projeto que está sendo preparado pela fabricante nos últimos anos.

A Delta é a maior operadora do 767 de passageiros no mundo, com 77 aviões (Delta)

Frota ativa

Apesar de ter perdido mercado após o lançamento do rival A330, da Airbus, o Boeing 767 continua a ser uma aeronave bastante utilizada. Nos EUA, as três grandes companhias aéreas ainda têm um grande número de aeronaves ativas, incluindo a Delta, a maior operadora do modelo com 77 unidades. A empresa, inclusive, está reformando o interior dos seus 767-400 para que se equiparem aos novos A350 e A330neo, recentemente recebidos.

O 767 entrou em serviço em 1982 com a United Airlines e atualmente acumula quase 1.200 unidades produzidas das quais mais de 700 continuam voando. No Brasil, o jato da Boeing foi utilizado pela Transbrasil e Varig e nos últimos anos tomou o lugar do A330-200 na LATAM. Atualmente ele é a base dos voos internacionais da companhia aérea, uma das últimas a receber o modelo na sua versão de passageiros.

A United Airlines foi a primeira companhia a utilizar o 767 a partir de 1982 (Aero Icarus)

Veja também: British Airways anuncia retirada do Boeing 767

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