Um dos aviões mais incofundíveis no mundo, o A-10 Thunderbolt II também tem se mostrado indispensável para a Força Aérea dos EUA (USAF).
Projetado pela Farchild Republic na década de 70, o avião de ataque foi concebido com a missão de ataque pesado ao solo, por meio de uma grande variedade de armamentos e também o imenso canhão GAU-8A Avenger de 30 mm.
Mas em vez de uma aeronave de linhas esguias, o “Warthog” (javali) é um jato de formas estranhas, com motores instalados em suportes traseiros e cauda dupla, como em modelos da Segunda Guerra Mundial.
As asas do A-10 também dispensam o enflechamento já que ele voa a baixa velocidade e altitude. Pois é justamente o conjunto que dá a sustentação à aeronave o seu “ponto fraco” já que ele tem um limite de vida útil menor que outras partes do Thunderbolt II.
Por isso, a USAF decidiu há alguns anos promover uma atualização curiosa no aparelho, a troca do conjunto de asas, trabalho a cargo da Boeing desde 2011.
A fabricante já entregou 173 desses “kits” até 2019, quando a Força Aérea fez um novo pedido para 50 conjuntos, que começaram a ser entregues nesta semana, segundo a Boeing.
Para produzir as novas asas do A-10, a Boeing reativou a linha de montagem e o ferramental, que estavam armazenados, além de contar com o apoio da KAI (Korean Aerospace Industries) no trabalho. O “kit” consiste da asa externa, conjunto de asa central, superfícies de controle e kit de integração com a fuselagem.
“O A-10 desempenha um papel crítico para a Força Aérea e a Boeing tem orgulho de estender nosso legado de apoio ao Thunderbolt e sua missão”, disse Dan Gillian, vice-presidente de serviços governamentais dos EUA da Boeing Global Services.
As asas atualizadas são mais duráveis, eficientes e fáceis de manter, o que permite estender a vida útil do A-10 para 10.000 horas. A USAF tem hoje pouco mais de 230 aeronaves em serviço em sua frota.