A Boeing anunciou nesta quinta-feira (16) que concluiu o desenvolvimento do software MCAS atualizado para o 737 MAX, justamente com os ensaios em simulador e os voos de teste de engenharia. A fabricante informou que o trabalho exigiu mais de 360 horas e 207 voos.
O mal funcionamento do controle de voo MCAS (sigla em inglês para “Sistema de Aumento de Características de Manobra”) é apontado como a principal causa dos dois acidentes registrados com o novo avião da Boeing, em outubro de 2018 e em março deste ano.
A companhia norte-americana ainda acrescentou que começou a fornecer dados adicionais para atender às solicitações do FAA, a agência de aviação civil dos Estados Unidos. Essas informações contém detalhes sobre como os pilotos interagem com os controles do avião diferentes cenários de voo. O próximo passo, de acordo com a Boeing, é agendar os voos de testes com a agência e enviar a documentação final para uma nova certificação da aeronave.
A declaração da Boeing veio um dia após o diretor do FAA, Dan Elwell, ter dito no Congresso em Washington que espera a documentação final da fabricante para iniciar a nova certificação do 737 MAX dentro de uma semana. A notícia também fez as ações da fabricante subirem 2,8%.
“Com a segurança como nossa clara prioridade, concluímos todos os voos de teste de engenharia para a atualização de software e estamos nos preparando para o voo final de certificação”, disse o CEO da Boeing, Dennis Muilenburg. “Estamos comprometidos em fornecer ao FAA e aos reguladores globais todas as informações de que precisam.”
Junto com a atualização de software, a Boeing ainda comunicou que elaborou novos materiais de treinamento sob revisão da FAA, reguladores globais e companhias aéreas que operam o MAX.
O retorno da aeronave aos voos comerciais ainda depende da aprovação de órgãos reguladores de aviação. A Boeing ainda não estipulou uma data para a volta do 737 MAX, mas imprensa norte-americana aponta que as atividades regulares com a aeronave devem ser retomadas até o final de junho.
Ótimo, agora só falta convencer os passageiros a voltarem a voar num 737 MAX… fácil!