A Boeing confirmou nesta quinta-feira, 1º de outubro, que concentrará a produção do 787 Dreamliner em apenas uma fábrica a partir de 2021. A unidade de North Charleston, na Carolina do Sul, foi de fato escolhida pela empresa como se especulava. A tradicional unidade de Everett acabou preterida e deve sofrer com um esvaziamento nos próximos anos.
A fabricante justificou a decisão ao afirmar que “apenas a unidade de North Charleston está configurada para construir o modelo 787-10″. A Boeing, no entanto, não citou o fato de que os custos de produção no local são menores do que na chamada região de Puget Sound, onde ficam as fábricas mais antigas da companhia.
“O Boeing 787 é um tremendo sucesso graças aos nossos grandes companheiros de equipe em Everett. Eles ajudaram a dar à luz um avião que mudou a forma como as companhias aéreas e os passageiros desejam voar. À medida que nossos clientes lidam com a pandemia global sem precedentes, para garantir o sucesso de longo de prazo do programa do 787, estamos consolidando a produção da aeronave na Carolina do Sul“, disse Stan Deal , presidente e diretor executivo da Boeing Commercial Airplanes.
526 aviões pendentes
Apesar disso, o 787 continuará sendo montado em Everett até meados de 2021 quando se encerrar a transição para o ritmo de seis aeronaves produzidas por mês. Vale lembrar que a Boeing chegou a produzir 14 unidades por mês até pouco tempo atrás, metade em cada unidade.
“Reconhecemos que as decisões de produção podem impactar nossos companheiros de equipe, indústria e nossos parceiros da comunidade”, disse Deal. “Avaliamos exaustivamente todos os aspectos do programa e nos engajamos com as partes interessadas sobre como podemos melhorar a parceria no futuro. Esses esforços irão refinar ainda mais a produção do 787 e aumentar a proposta de valor do avião”.
A unidade de North Charleston passou a funcionar em 2010, três anos após o início da produção do 787. No local, a Boeing também produz vários componentes do jato widebody como suas estruturas em material composto. Segundo o relatório de encomendas e entregas da Boeing, existiam 526 aviões a serem entregues até agosto.
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