A pressão da opinião pública após a queda do tampão de fuselagem de um jato 737 MAX 9 teria feito a Boeing desistir de buscar um atalho para certificar o modelo 737 MAX 7.
O pedido de isenção foi feito para a FAA (Federal Aviation Administration), a agência de aviação civil dos EUA, no ano passado.
A ideia era que o menor dos 737 MAX fosse certificado com o mesmo problema no sistema anti-gelo da entrada dos motores da aeronave.
Com isso, o programa do 737-7, como também é chamado, deverá atrasar ainda mais já que a Boeing precisará desenvolver, testar e aprovar um dispositivo que impeça que as naceles de fibra de carbono se aqueçam a ponto de quebrar e espalhar detritos na fuselagem.
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O problema foi descoberto pela Boeing após o 737 MAX entrarem serviço e, embora seja considerado extremamente improvável, fez a FAA obrigar a fabricante a estudar uma solução definitiva.
A situação só afeta a nova geração do jato comercial que substituiu o alumínio por um material composto, mais leve. No entanto, o sistema de degelo pode superaquecer a estrutura quando o avião está voando em um ambiente seco e quente.
A solução aceita pela FAA para o 737 MAX 8 e 9 foi que o sistema de degelo não pode ficar ligado por mais de 5 minutos e sempre ser desligado assim que a aeronave deixe o ar gelado e úmido.
Southwest Airlines posterga novamente entrada em serviço da aeronave
A Boeing pretendia que o 737 MAX 7 seguisse a mesma recomendação até 2026 enquanto ela não desenvolvesse uma solução definitiva, mas os problemas de fabricação encontrados no 737 MAX 9 colocaram a empresa sob pressão.
O novo atraso já fez a Southwest Airlines, maior cliente do 737-7, postergar os planos de contar com a aeronave ainda em 2024. Até então, a transportadora esperava colocá-lo em serviço no último trimestre.
Cliente lançadora da variante, a Southwest tem 302 pedido firmes do 737 MAX 7.