Boeing diz que China mandou de volta seus aviões, mas não vê guerra comercial como grande problema

CEO da empresa, Kelly Ortberg reconheceu que clientes chinesas avisaram que não receberão jatos, mas disse que “todos querem seus aviões”
Boeing 737 MAX 8 - Air China
Boeing 737 MAX da Air China (Boeing)

A Boeing viu suas ações subirem nesta quarta-feira, 22, em meio à divulgação de dados financeiros mais positivos do que o esperado. A empresa perdeu 49 centavos de dólar por ação em vez da esperada perda de US$ 1,29 por ação.

Mas o otimismo foi além após o CEO da empresa afirmar que a guerra comercial iniciada pelo presidente dos EUA Donald Trump não deverá ter grande impacto nas suas finanças.

Kelly Ortberg reconheceu, contudo, que as empresas aéreas chinesas alertaram a Boeing que não vão receber seus jatos. A fabricante planejava entregar 50 aeronaves para clientes do país em 2025, sendo 41 deles armazenados há algum tempo.

Keely Ortberg, CEO da Boeing (Boeing)

Dois 737 MAX 8 que seriam entregues para a Xiamen Airlines voltaram para os Estados Unidos nos últimos dias, mas até hoje não se sabia de quem partiu a ordem para devolvê-los.

“Devido às tarifas, muitos dos nossos clientes na China indicaram que não aceitarão as entregas”, disse Ortberg, relevando o impacto da decisão já que “todos [outros clientes] querem a aeronave”.

Relatos apontam que ao menos a Air India e a Malaysia Airlines já teriam manifestado interesse em ficar com as aeronaves.

Linha de montagem do 737 em Renton (Boeing)

Segundo o diretor financeiro Brian West, as tarifas impostas por Trump devem resultar em menos de US$ 500 milhões em custos extras.

A demanda represada por novos e mais eficientes aviões comerciais parece ser um dos motivos para a tranquilidade demonstrada pelos executivos da Boeing.

A empresa também revelou que está produzindo 30 737 MAX por mês e caminha para atingir a taxa de 38 aeronaves mensais, o máximo permitido pela FAA por enquanto. A meta, no entanto, é chegar a uma 52 aviões para reduzir a fila de espera.

Há planos ainda para elevar a taxa de produção do 787 Dreamliner dos atuais cinco para sete jatos por mês.

 

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