A Boeing celebrou de forma discreta um marco, a entrega do 1.500º 737 MAX nesta semana. A aeronave, do modelo 737-8200, de alta densidade de assentos, foi entregue à Ryanair, companhia aérea de baixo custo da Irlanda e que é uma das maiores operadoras do tipo no mundo.
O feito foi atingido exatos sete anos após a entrega do primeiro 737 MAX para a Lion Air, da Indonésia. Isso significa que a nova série do jato comecial teve uma média mensal de entrega de 18 aviões, um patamar baixo para a Boeing.
A razão é conhecida: após dois acidentes fatais entre setembro de 2018 e março de 2019, a aeronave foi aterrada em todo o globo, enquanto investigações avançavam para entender o que havia de errado com o 737 MAX.
A retomada das entregas só ocorreu em dezembro de 2020, quando a empresa acumulava centenas de jatos prontos lotando fábricas e até estacionamentos de veículos.
Ritmo cresce, a despeito dos problemas
Ainda assim a Boeing tem sofrido para estabelecer um ritmo de produção e entregas de acordo com a enorme demanda existente.
Após entregar 256 aviões em 2018, a fabricante só superou esse número em 2022, quando entregou 374 aeronaves.
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No ano passado foram 387 unidades, mas os recentes problemas de qualidade já comprometeram a retomada planejada.
Ainda assim, a Boeing tem expandido as entregas. Se o 500º foi entregue 47 meses após sua estreia em serviço, o milésimo avião foi enviado pela empresa 18 meses depois.
Entre o jato número 1.000 e o 1.500 passaram-se 16 meses. Os números mensais, como mostramos no infográfico, revelam um ritmo inconstante nas entregas, que atingiu o pico em dezembro de 2022 com 53 aeronaves.
Desde então, a Boeing tem visto a cadência sofrer uma nova queda. Diante do atual quadro, está difícil prever quando o 2000º 737 MAX será entregue.