A Boeing apresentou à FAA, agência de aviação civil dos EUA, um plano de ação abrangente para detalhar como a empresa pretende implementar correções de segurança e qualidade na linha de montagem de seus aviões comerciais.
A autoridade governamental havia dado um prazo de 90 dias para que a fabricante desenvolvesse uma nova estratégia de segurança e qualidade após um plug de porta de um 737 MAX 9 da Alaska Airlines se desprender em voo.
Executivos da Boeing, cincluindo o demissionário Dave Calhoun, se reuniram com a cúpula da FAA nesta quinta-feira, 30, para a apresentação do roteiro e discussão sobre sua implementação.
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A empresa diz que está focando em quatro pilares, capacitação da força de trabalho, simplificação de planos e processos, eliminação de defeitos e elevação da cultura de segurança e qualidade.
Apesar disso, a FAA afirmou que “continuará a cobrar a Boeing após revisar o roteiro da empresa para corrigir seus problemas sistêmicos de segurança e controle de qualidade”.
“Hoje, revisamos o roteiro da Boeing para estabelecer um novo padrão de segurança e enfatizamos que eles devem seguir com ações corretivas e transformar efetivamente sua cultura de segurança”, disse o administrador da FAA, Mike Whitaker.
“Deixei claro mais uma vez que precisamos de ver um compromisso forte e inabalável com a segurança, que deve estar sempre em primeiro lugar”, acrescentou ele.
Expansão da produção em suspenso
Em meio ao grande escrutínio à empresa, a FAA determinou que a Boeing não expandisse a produção do 737 MAX, mas a própria fabricante acabou reduzindo o ritmo da linha de montagem enquanto promovia mudanças no processo.
A agência governamental afirmou ainda que continuará a realizar inspeções de segurança nas instalações da Boeing e da Spirit Aerosystems, sua fornecedora de aeroestruturas.
Além disso, a FAA diz que manterá o esquema de emissão de certificados de aeronavegabilidade para cada 737 MAX produzido. A Boeing continua impedida de ampliar a cadência de produção da aeronave.