A Boeing voltou a entregar uma aeronave comercial para uma empresa aérea chinesa, algo que não ocorria desde 2021. A fabricante de aviões dos EUA enviou um 787-9 Dreamliner para a Juneyao Airlines nesta quinta-feira, 21 de dezembro.
A transportadora baseada em Xangai possui seis aeronaves do tipo e outras quatro pendentes de entrega, mas desde o aterramento do 737 MAX em 2019, a Boeing teve suas atividades na China suspensas pelas autoridades locais.
Até tempos atrás, o 737 MAX estava proibido de voar no país, mas a CAAC (Administração de Aviação Civil da China) decidiu liberar a aeronave. Ainda assim, o jato de fuselagem estreita não teve as entregas retomadas por enquanto, algo que é esperado para breve.
Nesse meio tempo, as relações entre os governos dos Estados Unidos e da China ficaram estremecidas em meio à acusações comerciais. Somente meses atrás, os dois países voltaram a conversar em termos mais amistosos, o que teria pesado no alìvio às restrições.
Segundo dados do FlightRadar24, o Boeing 787-9 da Juneyao Air, de matrícula B-20EQ, decolou às 11h24 (horário local) de Everett, em Washington, com destino à Xangai.
A Juneyao Air foi fundada em 2006 e é uma empresa aérea privada, ao contrário da maior parte das transportadoras chinesas, controladas pelo governo comunista.
A frota da empresa compreende 91 aeronaves, sendo seis Boeing 787, 48 Airbus A320 e 37 A321. Sua malha de voos é concentrada na China, mas há rotas para o Sudeste Asiático, Japão e Europa.
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A Boeing afirma que o mercado chinês responderá por 20% da demanda mundial de aeronaves em 2042. Embora parte das futuras encomendas deva ser preenchida pelos jatos locais ARJ21, C919 e C929, as fabricantes ocidentais deverão continuar a ter um papel importante em fornecer aeronaves novas.