A Boeing entregou nesta sexta-feira (30) seu 2.000° avião para um operador na China, um jato 737 MAX para a companhia aérea Xiamen Airlines. O marco e o ritmo em que esse volume foi alcançado refletem o crescimento acelerado do atual maior mercado mundial de aviação comercial.
A fabricante norte-americana entregou seus primeiro mil aviões às companhias aéreas chinesas ao longo de quatro décadas. Já para dobrar esse número foram necessários apenas cinco anos, período em que o mercado chinês de aviação cresceu a passos largos. Segundo a Boeing, um a cada quatro jatos comerciais que produzidos em suas fábricas são para empresas chinesas, seja por meio de compra direta ou arrendamento.
“Estamos profundamente honrados em ter alcançado este marco de entrega em estreita parceria com nossos grandes parceiros na China. Nosso relacionamento industrial de longa data neste mercado tem sido mutuamente benéfico, alimentando um crescimento significativo nos negócios da Boeing, na economia dos EUA e na aviação chinesa”, disse Ihssane Mounir, vice-presidente de vendas e marketing da Boeing.
A aeronave entregue a Xiamen Airlines foi decorado com um logotipo especial comemorando a marca histórica. Esse foi o oitavo 737 MAX recebido pela empresa chinesa, que também é a maior operadora de aviões da Boeing na China, com mais de 200 jatos na frota.
“Em nossos 34 anos de história de operações, a Xiamen Airlines cresceu continuamente, dobrando o tamanho de sua frota nos últimos cinco anos e alcançando lucros por 31 anos consecutivos. Durante todo esse tempo, a Boeing tem sido uma parceira valiosa em nosso crescimento e expansão. fornecendo aviões seguros e confiáveis”, disse Che Shanglun, presidente da Xiamen Airlines, que é um dos mais de 30 clientes comerciais da Boeing no mercado chinês.
Ao todo, os jatos fabricados pela Boeing compreendem mais da metade dos mais dos 3.000 aviões a jato que voam no país, ao passo que a outra parcela é formada basicamente por aviões da Airbus – a China é, por exemplo, o maior mercado do A330, com mais de 200 aparelhos em operação.
E a Boeing ainda espera vender ainda mais aviões na China, cuja frota comercial deve dobrar nos próximos 20 anos. A fabricante americana calcula que o mercado chinês vai precisar de 7.690 novos aviões em duas décadas, avaliados em US$ 1,2 trilhão.
Em dezembro, a Boeing e sua parceira chinesa, a COMAC, deverão entregar o primeiro 737 MAX no centro de conclusão e entregas em Zhoushan, na China. A nova instalação será especializada na instalação de interiores e pintura exterior de jatos 737 MAX para o mercado chinês. O trabalho de montagem final das aeronaves continuará sendo feito a partir da fábrica da Boeing em Renton, nos Estados Unidos.
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