Após um intenso lobby em Washington, a Boeing deve conseguir uma exceção para que os jatos 737 MAX 7 e MAX 10 possam ser certificados pelas regras atuais. De acordo com a Reuters, a fabricante já reuniu apoio de congressistas para aprovar uma emenda à lei aprovada em dezembro de 2020 e que prevê a obrigatoriedade de instalação de um sistema alerta de segurança à tripulação em situações de ângulo de ataque elevado.
A mudança deverá ser votada nesta semana, isentando a Boeing de incluir o sistema sintético de ângulo de ataque e aviso de estol para as aeronaves 737-7 e 737-10 a poucos dias da lei entrar em vigor, no dia 27.
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Sem o novo item de segurança, toda a família 737 MAX continuará padronizada com um sistema antigo, eliminando custos extras para a Boeing aprimorar as aeronaves, sem contar o maior tempo para entrada em serviço.
O tema tem colocado pilotos em conflito. Há sindicatos que apoiam o adiamento, temendo demissões pelo atraso no programa de certificação dos jatos, enquanto outros veem a exceção como uma ameaça à segurança de tripulantes e passageiros.
O novo sistema de alerta foi aprovado no final do mandato do presidente Donald Trump, em meio aos reflexos dos dois acidentes fatais com o 737 MAX 8 e que vitimaram 346 pessoas.
A Boeing já recebeu mais de 1.000 encomendas das variantes 737 MAX 7 e MAX 10 e espera colocá-los em serviço no início de 2023 e 2024, respectivamente.
Entre os principais clientes dos novos modelos estão a Southwest, maior operadora do 737 no mundo, a United, que acaba de fechar um enorme pedido deles, e a Gol, que planeja contar com os primeiros 737 MAX 10 em 2025.