Após perder várias concorrências com o F/A-18E/F Super Hornet, a Boeing agora tenta convencer a Alemanha a substituir parte da sua frota de jatos Tornado pela seu caça.
E uma das formas que ela encontrou para tornar sua proposta mais atraente para a Luftwaffe é atrair fornecedores alemães para o programa Super Hornet.
Para isso, a fabricante dos EUA enviou nesta semana um requerimento para mais de dez companhias do país europeu com o intuito de buscar sinergias a fim de ampliar sua estratégia de parceria industrial.
Embora não tenha revelado nomes, a Boeing afirma que esses parceiros “desempenharão um papel significativo no fornecimento de equipamentos de suporte, logística e manutenção geral, peças, programas de manutenção local, treinamento e outras soluções relevantes de reparo e revisão para a potencial frota de Super Hornet e Growler da Alemanha”.
A Boeing pretende oferecer à Alemanha um pacote de aeronaves que inclui não apenas o F/A-18 Super Hornet Block III, mas também a variante de guerra eletrônica EA-18G Growler. É a mesma proposta feita à Finlândia, que opera caças F/A-18 Hornet de primeira geração, só que nesse caso ela perdeu a disputa para a Lockheed Martin e o F-35 Lightning II.
“A combinação do Super Hornet Block III e do EA-18G Growler dará à Luftwaffe capacidade inigualável em missões ar-ar e superfície-ar”, afirmou o comunicado da Boeing sem trazer detalhes sobre uma suposta proposta.
A Luftwaffe possui cerca de 110 caças Tornado em missões de ataque e reconhecimento e que possuem capacidade de lançar armamentos nucleares, um dos requesitos prévios.
No ano passado, o governo da Alemanha decidiu encomendar o jato de patrulhamento marítimo P-8 Poseidon (baseado no 737), ao mesmo tempo em que a Boeing estabeleceu parcerias locais para o projeto. Desta vez, no entanto, o rival da possível encomenda alemã é justamente o F-35, que derrotou o Super Hornet também num pedido da Suíça em 2021.