A Boeing e o sindicato de maquinistas IAM, que representa cerca de 33.000 funcionários da região onde estão as fábricas de Renton e Everett, no estado de Washington, anunciaram um novo acordo trabalhista para os próximos quatro anos.
Segundo eles, a proposta feita pela Boeing inclui um aumento salarial de 35%, além de um bônus de US$ 7.000 (R$ 40.000), o restabelecimento de um plano de incentivos e condições aprimoradas para planos de aposentadoria, entre outros.
Os trabalhadores terão até quarta-feira, 23, para avaliar a proposta e votar se a aceitam ou não.
Em 13 de setembro, os funcionários da região de Puget Sound votaram majoritariamente contra um acordo que havia sido fechado pela Boeing e o sindicato e que previa aumento de apenas 25% além do fim de alguns benefícios.
Na época, a Boeing e o IAM consideraram a proposta como a melhor possível, mas mais de 90% dos funcionários esperavam por mais, entre eles um aumento salarial de 40% para repor perdas dos últimos anos.
A fabricante chegou a elevar a proposta para 30%, mas diante do impasse, retirou a oferta em 8 de outubro.
Moderação do governo dos EUA
Confrontada com perdas enormes, a Boeing anunciou um corte de 10% na força de trabalho, calculada em 170.000 pessoas.
Perdendo cerca de US$ 1 bilhão por mês com a greve nas fábricas dos jatos 737, 767 e 777, a empresa acabou recebendo a visita da secretária interina do trabalho, Julie Su, que ajudou a buscar um consenso.
Temendo perder o grau de investimento, a Boeing anunciou um acordo com um pool de bancos para obter US$ 10 bilhões no curto prazo enquanto prepara uma oferta de ações e títulos de dívida para levantar outros US$ 25 bilhões e assim honrar seus compromissos para os próximos três anos.