A Boeing e o Departamento de Justiça (DOJ) dos EUA finalizaram um acordo em que a fabricante assume a culpa por conspiração por fraude ao não ter tomado as medidas necessárias de segurança após os dois acidentes fatais com o 737 MAX 8.
A empresa deu entrada em um documento na corte do Distrito Norte do Texas nesta quarta-feira, 24, e aguardará o decisão do juiz Reed O’Connor se aceitará ou não os termos negociados.
Segundo o DOJ, a Boeing concordou em pagar uma multa de US$ 243,6 milhões após violar um acordo assinado em 2021 que previa que empresa faria os devidos arranjos para garantir a segurança de suas aeroanves.
No entanto, a Boeing continuou a apresentar falhas graves em procedimentos na linha de montagem a ponto de um tampão de porta de um 737 MAX 9 da Alaska Airlines se soltar em pleno voo em janeiro.
O acordo também prevê o investimento de US$ 455 milhões nos próximos três anos em programas de compliance e segurança.
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Além disso, a Boeing ficará em “liberdade condicional” por três anos, período em que em tese não poderia participar de concorrências públicas, mas esse aspecto pode ter sido negociado com os promotores.
Julgamento público evitado
A Boeing corria o risco de se acusada criminalmente pela queda dos jatos da Lion Air em 2018 e da Ethiopian Airlines em 2019, que vitimaram 346 pessoas.
O acordo evita a exposição pública que desgastaria ainda mais sua abalada imagem pública. No entanto, os parentes da vítimas poderão apresentar objeções ao acordo dentro de um semana, antes que juiz O’Connor anuncie sua decisão.
Pagou o valor de 1 Boeing 777 pelas mortes de 346 pessoas e mais as milhares que colocou em risco voando nos MAX. O crime parece que, por vezes, compensa !