O NTSB (Comitê Nacional de Segurança no Transporte) declarou nesta terça-feira, 6, que nem ele e nem a Boeing conseguiram descobrir quem esqueceu de recolocar quatro ferrolhos (parafusos) que mantinham o tampão de porta de um 737 MAX 9 da Alaska Air preso à fuselagem.
O jato de matrícula N704AL ia de Portland para Ontario, na Califórnia, em 5 de janeiro quando pouco tempo depois da decolagem o chamado “MED” (porta intermediária de saída) esquerdo se soltou em pleno voo.
A despeito da despressurização, nenhum passageiro ou tripulante se feriu e a peça caiu no solo sem atingir ninguém.
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Após as primeiras investigações descobriu-se que o tampão de porta produzido pela empresa Spirit AeroSystems havia sido retirado na fábrica da Boeing, em Renton, para que fossem realizadas correções nas estruturas.
Na remontagem, os quatro ferrolhos não foram recolados, mas a Boeing não registrou as atividades. O NTSB analisou dados de outros processos semelhantes, mas também não chegou à conclusão alguma.
Presidente do NTSB, Jennifer Homendy afirmou que as entrevistas com funcionários revelaram que “há muita desconfiança dentro da força de trabalho.”
Mudanças no projeto do tampão de porta
A vice presidente senior de qualidade da Boeing, Elizabeth Lund, disse que a empresa passou a colocar um sinal azul e amarelho brilhante no tampão de portão com os dizeres “Não abra” quando as fuselagens chegam à Renton.
Lund revelou ainda que a fabricante está fazendo mudanças no projeto do tampão de porta para garantir que ele sempre esteja preso.
A empresa espera concluir o projeto dentro de um ano e então adaptar a frota de aeronaves com o novo mecanismo de segurança.
Não está claro, no entanto, se a mudança ocorrerá apenas no 737 MAX 9 ou se o 737-900 da série NG (que também compartilha a mesma configuração) será incluído no recall.