A Boeing não deve voltar a entregar jatos 787 novos até pelo menos o final de outubro, afirmou o The Wall Street Journal, citando fontes.
O widebody teve a última entrega realizada em junho, para a Turkish Airlines. Desde então, a empresa se vê às voltas com novas exigências da FAA, a agência de aviação civil dos EUA, que realiza inspeções de qualidade na produção da aeronave.
Segundo relatos do WSJ, a Boeing realizou uma reunião com a FAA em 2 de agosto, quando tentou convencer a agência a implementar um procedimento de checagem mais rápido e menos detalhado. No entanto, a autoridade discordou.
Os 787 Dreamliner tem apresentado diversos problemas de fabricação, seja com a moldagem das peças em composite, seja pela fiação elétrica, entre outros.
Com a queda na demanda de widebodies, a Boeing concentrou a produção do 787 na Carolina do Sul, esvaziando a unidade de Everett. E é justamente a nova fábrica, que possui mão de obra mais barata, onde tem ocorrido a maior parte dos problemas.
A fabricante tem recebido reclamações de clientes como a empresa de leasing Avolon e a American Airlines, que teriam pedido o cancelamento de seus contratos sem o pagamento de multas.
Em 2021, a Boeing entregou apenas 14 jatos 787, das variantes 787-8 e 787-9. O maior Dreamliner, o 787-10, não é entregue desde outubro de 2020. No ano passado, o jato teve ao todo 53 unidades enviadas ao clientes.