Aumentaram as chances de a Boeing ter de rever o projeto dos jatos 737 MAX 7 e 737 MAX 10 e incluir um novo sistema de alerta à tripulação previsto numa lei que entrará em vigor a partir de 27 de dezembro.
Nesta terça-feira, 6, congressistas dos EUA não aceitaram mudar um projeto de lei de defesa para incluir uma exceção para que a Boeing pudesse certificar as duas aeronaves pelas regras atuais.
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Resta ainda mais uma tentativa de alterar o projeto de lei antes da votação enquanto a fabricante tenta convencer senadores a incluir a exceção em outra proposta em tramitação, mas fontes da Reuters afirmaram que esse assunto deve ser resolvido apenas em 2023.
Se não conseguir eximir os dois modelos de atender à nova legislação nos próximos 20 dias, a Boeing terá de postergar os planos de certificação do 737 MAX 7 e do 737 MAX 10, atrasando significativamente suas entradas em serviço.
A empresa chegou a ameaçar cancelar o programa MAX 10, uma aeronave com até 230 assentos e que pretende limitar o sucesso do Airbus A321neo, mas parece pouco provável que isso não passe um blefe – a Boeing já vendeu mais de mil aeronaves de ambas as versões.
Caso venha a incluir o novo sistema de alerta no cockpit, uma exigência estabelecida em dezembro de 2020 após dois acidentes que vitimaram 346 pessoas, é provável que a fabricante estenda a mudança também ao 737 MAX 8 e 737 MAX 9, versões que estão em operação e não estão incluídas na nova lei.
A razão é que seria pouco produtivo para as companhias aéreas treinar tripulações em dois sistemas diferentes caso elas operem as variantes antigas e novas.
Mesmo se conseguir a exceção, a Boeing estima certificar o 737 MAX 7 no início de 2023 e o 737 MAX 10, apenas em 2024. Sem ela, o atraso promete ser significativo.