A Boeing conseguiu ontem (16) uma importante aprovação para executar um empreendimento de grande porte no Aeroporto Internacional St. Louis Lambert, no estado do Missouri, nos Estados Unidos. Com um custo estimado em US$ 1,8 bilhão, o projeto busca a aquisição de um terreno de cerca de 160 acres. O que a fabricante pretende fazer nesse local? Por ora, ninguém sabe exatamente.
O principal órgão fiscal de St. Louis deu seu aval de forma unânime aos planos da fabricante para o arrendamento do terreno. Durante 17 anos, a Boeing desembolsará, no mínimo, US$ 2,6 milhões por ano pelo uso do espaço, tendo ainda a opção de estender esse acordo por incrementos de cinco anos até o ano de 2070. O projeto ainda precisa ser aprovado pelo conselho de vereadores da cidade.
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De acordo com o St. Louis Post Dispatch, o terreno será alocado para a construção de uma fábrica avançada da Boeing com o intuito de produzir “programas de franquia”. Segundo a publicação, esses programas poderiam abranger caças de sexta geração, cuja concessão do contrato está agendada para ocorrer por parte da Força Aérea dos EUA em 2024. Entretanto, a empresa ainda não emitiu comentários sobre o tema.
O jornal de St. Loius apontou ainda que o contrato de arrendamento contém a prerrogativa da Boeing encerrar o acordo com a cidade antes de 2026, no caso de uma decisão desfavorável por parte do Departamento de Defesa dos EUA. Isso pode ser um indício de que a fabricante trabalha com a possibilidade de não ser selecionada para conduzir os “programas de franquia”.
Além do mais, a Boeing também está em processo de busca por reduções de impostos junto ao condado de St. Louis, uma iniciativa que pode resultar em economia de mais de US$ 155 milhões para a empresa ao longo de 10 anos.
A fabricante anunciou que planeja efetuar a contratação de 500 novos colaboradores para esse projeto, que por sua vez impactará a geração de mais de 1.000 novos postos de trabalho em outras empresas da região.
A Boeing é uma das empresas apontadas para executar o projeto NGAD (Next Generation Air Dominance/Domínio Aéreo da Próxima Geração), que pode resultar no primeiro caça de sexta geração dos EUA. O programa também interessa à Lockheed Martin. Outra fabricante do país com vasta experiência em aeronaves de combate, a Northrop Grumman anunciou recentemente que não pretende participar do desenvolvimento da aeronave avançada como principal licitante.