Já imaginou o poder de fogo de um avião de combate armado com mais de 20 mísseis? Embora nada usual, essa pode ser uma das configurações que a Boeing está preparando para uma nova versão atualizada do lendário caça F-15 Eagle, chamada nos bastidores da fabricante de “F-15X”.
Segundo reportagem do Defense One, a Boeing está oferecendo discretamente o F-15X à força aérea dos Estados Unidos (USAF) usando a mesma estratégia comercial que convenceu o governo de Donald Trump a comprar mais caças F/A-18 Super Hornet para a marinha americana como uma alternativa mais barata e menos onerosa ao novo F-35.
A publicação ainda diz que o F-15X será equipado com controles de voo mais modernos, novos visores de cockpit e um radar mais potente, de acordo com fontes militares citadas pela publicação. Já a capacidade de transportar armamentos pode passar de duas dúzias de mísseis ar-ar. A Boeing, no entanto, ainda não comenta o assunto, ao menos não diretamente.
“Vemos o mercado se expandindo internacionalmente e criando oportunidades para voltar atrás e conversar com a força aérea dos EUA sobre futuras atualizações ou mesmo aquisições do F-15”, disse Gene Cunningham, vice-presidente de vendas globais do F-15, à publicação.
A USAF não compra novos F-15 desde 2001, quando encomendou cinco modelos F-15E Strike Eagle, versão para dois pilotos projetada para atuar como caça e bombardeiro. O F-15 original voou pela primeira vez em 1972 e muitas das atuais aeronaves da frota americana entraram em serviço nos anos 1980, tanto que muitos desses aviões são mais velhos que os pilotos que os comandam.
A força aérea americana possui atualmente mais de 450 caças F-15 a disposição. A maior parte dessas aeronaves são das versões C e D (212 caças F-15C e 24 F-15D) e estão próximas de alcançarem o limite de suas vidas uteis. O restante da frota é composta pelo F-15E Strike Eagle.
Apesar de ser um projeto já com quase 50 anos, o F-15 continua sendo um dos caças mais avançados e temidos do mundo, tanto que ainda desperta o interesse de outras nações. O cliente mais recente do jato de combate é o Qatar, que encomendou 36 exemplares do caça em 2017. Outro país que estuda adquirir o avião americano é a Alemanha, que em breve vai aposentar seus Tornados.
Em 2015, a Boeing apresentou um programa de atualização para o F-15C chamado “2040C”. O projeto propõe modernizar os caças com novo sistemas de armamentos, incluíndo a capacidade de carregar 16 mísseis, e reformar as aeronaves para elas continuarem em serviço até 2040.
Os E.U.A procuram um substituto para o A-10 Thunderbolt, por que não utilizar um F-15 Eagle com blindagem e com a adoção de um canhão rotativo para manter a eficiência do antecessor.
Thiago Vinholes sempre nos brinda com matérias interessantes para quem gosta de aviação. Como médico e piloto, também gostaria de ler matérias sobre os voos e serviços das cias aéreas que voam para o Brasil
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