A Boeing quer esticar a fuselagem do jato 737 como nunca fez antes nesses quase 50 anos de história do modelo. A fabricante norte-americana definiu o tamanho da variante 737-10X, baseada na nova geração 737 MAX e proposta em 2016 para competir com o Airbus A321, a maior aeronave da família A320 e que nunca teve um concorrente do mesmo porte.
O comprimento do 737 “gigante” foi estipulado em 43,5 metros, um metro a menos que o rival da Airbus. Segundo a Boeing, o 737 com esse porte poderá ser configurado para transportar 189 passageiros em duas classes ou até 230 ocupantes, em uma única classe, capacidade praticamente igual a do A321.
A fabricante americana relatou ao site AviationWeek que planeja uma “mudança mínima” no design do novo 737 MAX ao criar a nova versão, além de propor soluções mais em conta e de rápida aplicação. Desta forma, a Boeing planeja manter a mesma asa e motores do 737-9, até então a maior variante da nova série MAX, em desenvolvimento desde 2011, com 42,2 metros de comprimento.
Como explicou a empresa, a parte mais complexa no projeto do 737-10X é o trem de pouso, que deve ser adequado ao tamanho do aparelho.
Se o 737-10X for de fato aprovado para produção, a Boeing planeja introduzir a aeronave no mercado a partir de 2020. A fabricante, porém, ainda não confirmou se há compradores interessados no que pode ser o maior 737 de todos os tempos – a versão proposta tem 15 metros a mais que o primeiro 737, o modelo “737-100”, de 1967.
O programa de desenvolvimento do 737 MAX terá um ano cheio. A empresa planeja entregar as primeiras unidades do 737-8, em fase final de desenvolvimento, ainda no primeiro semestre de 2017 e, ainda nesse mesmo período, iniciar os testes de voo com a versão 737-9, que deve chegar ao mercado em 2018.